O primeiro de aula do ano letivo 2022 na rede estadual do Rio Grande do Norte, marcado para esta segunda-feira (14), está comprometido em razão do indicativo de greve dos professores, que esperam nova proposta de implantação do piso salarial do magistério.
Na manhã de hoje, dezenas de escolas em Mossoró e Natal não tiveram aula. Os diretores compareceram aos locais de trabalho, mas os professores seguem aguardando uma decisão do sindicato da categoria, o Sinte/RN.
Em Mossoró, na Escola Estadual Moreira Dias, no bairro Doze Anos, um cartaz informava que às aulas só serão iniciadas após a definição do indicativo de greve.
Em Natal, vários estabelecimentos estaduais não tiveram as aulas iniciadas, como na Escola Estadual Desembargador Floriano Cavalcanti (Floca), no conjunto Mirassol, zona Sul. De acordo com a direção da unidade, a escola aguarda uma definição da categoria sobre a paralisação.
"Estamos prontos para o retorno, mas, temos um movimento independente da direção. De nossa parte, estamos aqui. Respeitamos [o movimento] e aguardamos o posicionamento do Sindicato", afirmou Valéria Soares, diretora do Floca, em entrevista ao jornal Tribuna do Norte.
Na Escola Estadual Edgar Barbosa, as aulas também aguardam definição do Sinte para o início, de acordo com Joadson Martins, diretor da unidade. "Depois da assembleia de hoje à tarde, saberemos se as aulas começam amanhã ou não", informou.
Impasse
A última proposta apresentada pelo governo foi considerada insuficiente para os professores:
- Implementar em março os 33,24% e o retroativo a janeiro e fevereiro para os professores no início de carreira;
- Implementar em março para os demais os 13% já apresentados na audiência anterior.
O sindicato cobrou do governo a apresentação de todo o percentual até o final do ano.
O governo sustentou sua nova proposição ao reafirmar que não tem o valor da atualização do novo piso para implementar os 33,24% para ativos e aposentados, de uma só vez. Ainda reafirmou não ser possível parcelar a correção em ano eleitoral por causa de hipotéticas vedações impostas pela Lei. Entretanto, a diretoria do sindicato manteve a reivindicação dos trabalhadores.
Uma assembleia na tarde de hoje, já com o resultado da nova audiência do Sinte com o governo, definirá se a categoria inicia greve, ou não.
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