Domingo, 26 de janeiro de 2025

Postado às 09h45 | 16 Mar 2022 | redação Seis vereadores do bloco “Diálogo e Respeito” deixam bancada do prefeito Allyson

Crédito da foto: Reprodução Seis vereadores formam o bloco Diálogo e Respeito

Por César Santos – Jornal de Fato

O bloco Diálogo e Respeito, dissidente da bancada governista na Câmara Municipal de Mossoró, obrigou o prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) a negociar com os vereadores Zé Peixeiro (de saída do Progressistas) e Didi de Arnor (Republicanos), que estavam na bancada de independentes, para restaurar a sua base de sustentação política no Legislativo.

Zé Peixeiro e Didi, que haviam rompido com o Palácio da Resistência em 2021, alegando falta de espaço, aceitaram proposta ofertada pelo prefeito. O caminho de volta começou a ser pavimentado na semana passada, quando o Jornal Oficial do Município (JOM) publicou nomeação de pessoas ligadas aos dois vereadores para cargos comissionados.

O portal de notícias defato.com noticiou o retorno dos vereadores à bancada governista na semana passada, mas Zé Peixeiro, por meio de sua assessoria, negou a informação. Já Didi de Arnor optou pelo silêncio, entendendo que a sua posição seria exposta no primeiro momento que o prefeito precisasse do seu voto no plenário da Câmara.

Antes, Allyson Bezerra levou de volta ao Palácio o vereador Gideon Ismaias (Cidadania), que havia rompido com o governo no final de 2021. Ismaias não se pronunciou sobre a sua nova posição política, mas já admitiu que está devidamente inserido na bancada governista.

Nesta quarta-feira, 15, o líder da bancada do governo, Genilson Alves (Pros), confirmou o retorno de Gideon Ismaias, Zé Peixeiro e Didi. Em entrevista à imprensa, Genilson disse que o governo passa a ter o apoio de 13 vereadores, contando com os dois recém-convertidos ao Palácio da Resistência.

O líder governista também confirmou que o prefeito não conta mais com o apoio dos seis vereadores que formam o bloco Diálogo e Respeito. “O prefeito fez uma reunião com a bancada e nenhum dos seis compareceu, o que sinaliza esse distanciamento. Então, a bancada passa a ter 13 vereadores e a oposição, 10”, disse Genilson.

A dissidência já havia sido confirmada pelo vereador Tony Fernandes (Solidariedade), líder do novo bloco. Antes, o bloco havia ajudado a oposição aprovar 11 emendas ao projeto de reforma da Previdência, para desgosto do prefeito. Em represália, Allyson exonerou todos os cargos indicados pelo vereador Omar Nogueira (Patriotas), que faz parte do bloco, e que teve tom de recado para os demais membros: Carmem Júlia (MDB), Paulo Igo (Solidariedade), Isaac da Casca (de saída do DC) e Lamarque Oliveira (PSC).

 

Apertado

A aprovação de 11 emendas à reforma da previdência municipal assustou o Palácio da Resistência. Foi o sinal que o prefeito Allyson teria dificuldades para impedir outras situações delicadas, como uma possível Comissão Especial de Inquérito (CEI).

Durante a tramitação e votação da reforma da Previdência, o governo teve apoio de apenas 10 dos 23 vereadores, uma vez que os seis vereadores do bloco Diálogo e Respeito se uniram à oposição. A partir daí, foi iniciado o trabalho de restauração da bancada palaciana.

A situação é bem diferente de quando Allyson Bezerra começou a governar Mossoró. Ele tinha o apoio de 18 dos 23 vereadores. Em 2021, o prefeito aprovou todas as matérias que enviou à Câmara, alguma sem sequer cumprirem a tramitação regimental.

Agora, com placar apertado, o Palácio terá que oferecer melhor tratamento aos vereadores, inclusive, ampliando os espaços da bancada na máquina pública.

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