Ex-governador Robinson Faria estuda opção partidária
Com os seus direitos políticos devolvidos pela Justiça Eleitoral, o ex-governador Robinson Faria vai definir nova filiação partidária para ser candidato a deputado federal nas eleições 2022. Ele tem duas opções: Progressistas e o Partido Liberal (PL). A definição sairá nos próximos dias, dependendo do avanço das negociações em Brasília.
Se depender do desejo de Robinson, ele se filiará ao Progressistas. Ele conseguiu aparar algumas arestas e resistências entre os progressistas. O presidente estadual da sigla, deputado federal Beto Rosado, acredita que é possível receber o ex-governador.
O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, que é presidido no RN pelo deputado federal João Maia, não tem obstáculo para a entrada de Robinson Faria, no entanto, o que está em discussão é a formação de nominata capaz de renovar o mandato de João Maia e viabilizar a eleição de mais um deputado federal.
Os liberais já receberam em seus quadros o deputado federal General Girão, eleito em 2018 pelo PSL. Há uma possibilidade, também, de a deputada federal Carla Disckson, ex-Pros, se filiar ao partido. Dessa forma, o PL teria uma chapa forte com possibilidade de eleger até dois deputados federais.
Julgamento
O TSE devolveu os direitos políticos a Robinson Faria em julgamento realizado na noite de terça-feira, 15. Três recursos envolvendo o ex-governador, todos de relatoria do ministro Benedito Gonçalves, foram julgados favoráveis a Robinson. O voto do relator foi acompanhado pelos demais ministros.
Robinson havia sido condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral do RN em fevereiro de 2021, pela prática de abuso de poder econômico e político nas eleições de 2018. A Corte regional o condenou a 8 anos de inelegibilidade pelo placar de 4 a 3.
De acordo com a Procuradoria Regional Eleitoral, Robinson Faria e os demais envolvidos no processo teriam utilizado recursos públicos em ações institucionais de maneira que comprometeram a isonomia do pleito. Robinson Faria, eleito para a gestão de 2015 a 2018, era o então governador do estado no período daquela eleição.
No entendimento dos ministros do TSE, a ação de Robinson não impactou nas eleições e, seguindo essa tese, todos decidiram reformar a decisão estadual e devolver os direitos políticos do ex-governador.
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