A companhia de bolsonaristas no palanque será inevitável, mas o pré-candidato a governador do RN, Fábio Dantas (Solidariedade), tem procurado se blindar do rótulo de “candidato de Bolsonaro”. Nesta quinta-feira, 28, em Mossoró, ele disse que terá nomes importantes do bolsonarismo no palanque, como o ex-ministro Rogério Marinho (PL), pré-candidato a senador, mas que a sua postulação não simboliza o bolsonarismo.
“Eu não simbolizo o bolsonarismo. Quem simboliza é Rogério Marinho. Eu vou votar em Bolsonaro, mas não farei a campanha presidencial. Vou fazer campanha contra governo Fátima”, disse, em entrevista ao Jornal da Tarde, da Rádio Rural de Mossoró, repercutida pelo jornalista Saulo Vale.
Conduzir essa situação não é tarefa fácil, em razão da postura dúbia do Solidariedade, de Fábio Dantas. No plano nacional, o partido é aliado do ex-presidente Lula, enquanto no RN faz oposição ao governo Fátima Bezerra, do PT. Por isso, Fábio procura ao máximo desvincular a sua pré-candidatura do plano nacional.
Mesmo assim, ele questionou a aliança do PT com MDB no estado. No seu entendimento, isso é um complicador para a governadora. “Walter, vice dela, é do MDB, que tem como pré-candidata [à presidente] Simone Tebet. O PDT [de Carlos Eduardo] tem Ciro. Ela precisa explicar isso”, disse.
Fábio Dantas afirmou que procura fugir do debate extremo entre direita e esquerda, ressaltando que não se envolverá em debates ideológicos. “Vamos nos envolver, sim, em debates sobre como tornar o Rio Grande do Norte melhor”, afirmou.
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