Quarta-Feira, 22 de janeiro de 2025

Postado às 08h45 | 20 Jul 2022 | redação Partidos e políticos no RN chegam ao período de convenções cheios de dúvidas

Crédito da foto: Arquivo Senador Styenson Valentim

Por César Santos / Jornal de Fato

Na abertura da temporada das convenções que homologarão as candidaturas às eleições de outubro, nesta quarta-feira, 20, três dúvidas importantes concentram as atenções no Rio Grande do Norte.

1 – Quem será o vice do candidato a governador Fábio Dantas (Solidariedade)?

2 – O senador Styvenson Valentim (Podemos) será candidato a governador?

3 – Qual será a posição do PSDB na disputa majoritária?

Não têm respostas concretas, mas há encaminhamentos e decisões amadurecidas. Vamos lá.

Fábio Dantas muito provavelmente terá um nome do União Brasil como o seu vice. Pode ser o ex-prefeito de Assú, Ivan Júnior. Ele tem interesse, o partido também. Agora, a decisão será tomada pela maioria. O presidente da legenda no estado, ex-senador José Agripino Maia, convocou uma reunião para esta quarta-feira, onde colocará em votação.

A posição do União Brasil, se respeitar a vontade da maioria, será de oposição ao governo. Dos nove pré-candidatos a deputado federal, por exemplo, oito têm perfil de oposição, como os deputados Benes Leocádio e Carla Dickson, o vereador Paulinho Freire, o ex-prefeito Leonardo Rêgo e a Dra. Vanessa Brasileiro, esposa de Ivan Júnior.

Há, porém, uma disposição de José Agripino, que certamente o partido respeitará, de liberar filiados, inclusive, candidatos, que tenham maior afinidade com o governo, como é o caso da ex-deputada Sandra Rosado e a vereadora Larissa Rosado, pré-candidatas à Câmara e à Assembleia Legislativa.

Com relação à candidatura – ou não – de Styvenson Valentim a governador, o Podemos aceitou o senador fazer suspense e jogou a sua convenção para o último dia do prazo, 5 de agosto. Styvenson acredita que esse tempo em que todos os holofotes estarão em sua direção, será importante para o eleitor responder se apoia ou não uma candidatura sua a governador. Nos bastidores, a bolsa de aposta aponta que ele será candidato.

O mistério de Styvenson ganha importância porque ele pode ser o fiel da balança. Se for candidato, o senador levará a disputa pelo governo para segundo turno; se não for candidato, muito provavelmente a governadora Fátima Bezerra será reeleita em primeiro turno.

Quanto à posição do PSDB, há uma certeza: o presidente Ezequiel Ferreira de Souza quer e vai apoiar a reeleição de Fátima, mas sem levar o partido à coligação com a federação PT/PCdoB/PV, porque o seu candidato senador, o ex-ministro Rogério Marinho (PL), estará no palanque do candidato da oposição Fábio Dantas.

Além disso, no ninho do tucano a maioria é de oposição ao governo estadual, puxada por seis deputados estaduais: Getúlio Rêgo, Tomba Farias, José Dias, Gustavo Carvalho, Nelter Queiroz e Galeno Torquato. Eles já disseram a Ezequiel que não aceitam aliança com a governadora, até por questão de coerência.

Dessa forma, é provável que o PSDB desperdice o generoso tempo de rádio e televisão da propaganda eleitoral e libere os seus filiados a apoiar chapa majoritária de acordo com a consciência e o projeto político de cada um.

Pois bem.

Esse é o cenário extraído dos bastidores da sucessão estadual, que pode ser confirmado – ou não – nas convenções que estão começando. É aguardar, então.

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