Por César Santos / Jornal de Fato
Daqui a quatro domingos o eleitor vai às urnas eleger o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Estamos a 25 dias do dia do voto e a impressão que se tem é que a maioria do eleitorado ainda aguarda ser convencido para construir o seu voto.
Na disputa presidencial, o segundo turno é quase uma certeza. Lula (PT) e Bolsonaro (PL) polarizam a disputa. A chamada terceira via não aconteceu a ponto de ser protagonista, mas exerce um papel importante. São as candidaturas alternativas, como a de Simone Tebet (MDB), que prorrogarão a decisão final para o segundo turno.
No Rio Grande do Norte, existe a possibilidade de a governadora Fátima Bezerra (PT) renovar o mandato já no primeiro turno. Não é uma certeza, mas a tendência é revelada pelo conjunto de pesquisas dos mais diversos institutos que foi realizado e divulgado até o momento.
A média das sondagens mostra Fátima com as intenções de voto acima da soma dos demais candidatos. No entanto, é preciso observar que a governadora ainda não alcançou o patamar que possa dá a certeza de liquidar a fatura no primeiro turno.
Se houver segundo turno, o senador Styvenson Valentim (Podemos) é o credenciado até aqui pelas pesquisas. Ele se mantém na segunda colocação mesmo sem fazer campanha tradicional, sem usar o fundo eleitoral, sem distribuir santinhos e sem pedir votos. É o legítimo representante do antissistema, com postura de antipolítico, mesmo sendo político. O eleitor que anda desestimulado com a classe, sustenta o seu nome em patamar considerável.
Styvenson vai deixando para trás o candidato Fábio Dantas (Solidariedade), que seria o principal adversário da governadora Fátima, por representar a oposição e estrelar o palanque do bolsonarismo no RN. Ele não aconteceu até aqui, nem há perspectiva a seu favor, embora, ainda há tempo para uma virada do jogo.
O problema de Fábio Dantas é que quase ninguém aposta nele, nem mesmo os que estão no seu palanque. É o candidato sem vibração, sem empatia, desconhecido do grande público. Para piorar, carrega nas costas o desgaste da gestão do ex-governador Robinson Faria, de quem foi vice-governador.
Portanto, a aposta do momento é se Fátima Bezerra ganha no primeiro turno ou se ela disputará o segundo turno com Styvenson Valentim.
Paralelamente, temos a disputa pelo Senado, que se mostra muito mais acirrada do que a corrida pelo Governo do Estado. O ex-ministro Rogério Marinho (PL) e o ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT) se alternam na liderança conforme as mais diferentes pesquisas. Aparentemente, embate seria entre eles dois. No entanto, não se deve desconsiderar a força do deputado federal Rafael Motta (PSB), que pode ser o “azarão” na disputa pela cadeira que hoje é ocupada pelo senador Jean Paul Prates (PT).
Rafael Motta é o terceiro colocado nas pesquisas até aqui, mas apresenta uma desenvoltura bem mais interessante do que Rogério e Carlos Eduardo, o que sugere que ele pode ter maior chance de conquistar os eleitores indecisos, que ainda são mais de 40% do eleitorado potiguar.
Pois bem.
Setembro é a última curva antes do dia do voto. A reta final. Quem guarda fôlego ou mantém uma reserva para acelerar a caminhada, certamente, terá melhor sorte nas urnas. Faça a sua aposta, se for possível nesse momento.
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