Quarta-Feira, 22 de janeiro de 2025

Postado às 08h45 | 06 Set 2022 | redação RN é um dos estados com maior representatividade de mulheres

Crédito da foto: Arquivo / Jornal de Fato Fátima Bezerra nas eleições 2018

O Rio Grande do Norte é um dos estados com maior representatividade de mulheres na disputa pelos governos estaduais de todo o País. Divide essa condição com Piauí, Minas Gerais e Paraná. Considerando a proporção de mulheres na disputa pelo cargo de governador, somente essas quatro unidades da federação apresentaram mais que 30% de candidaturas femininas.

É o que mostra a segunda pesquisa da série “Perfil do poder nas eleições de 2022”, elaborada pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC) em parceria com o coletivo Common Data. O estudo revela o perfil dos candidatos, a partir do cruzamento de dados sobre gênero, raça/cor, patrimônio e posição ideológica, neste caso, usando a classificação de direita, esquerda e centro para os partidos.

Das nove candidaturas ao governo registradas no Tribunal Regional Eleitoral do RN (TRE-RN), três são mulheres, entre elas, a atual governadora Fátima Bezerra (PT). As outras duas são Rosália Fernandes (PSTU) e Clorisa Linhares (PMB), sendo que a vice de Rosália também é uma mulher, a professora Socorro do PSTU. Nesse caso, a proporcionalidade de candidaturas femininas ao governo do RN é de 33,3%.

O Rio Grande do Norte fica atrás apenas de Minas Gerais, que tem proporcionalidade de 50%, sendo cinco candidatas mulheres e cinco candidatos homens; e do Piauí, que das nove candidaturas ao governo, quatro são mulheres, proporcionalidade de 44,4%. Já o Paraná empata com o RN, com três candidaturas de mulheres contra seis postulantes homens.

Ao não possuir candidaturas femininas ao Governo do Estado, a Bahia se encontra no mesmo patamar de outras sete UFs nas eleições deste ano: Espírito Santo, Alagoas, Amapá, Ceará, Maranhão, Rondônia e Santa Catarina. Ao lado desses oito Estados sem mulheres na corrida eleitoral, existem outros dois – Mato Grosso e Roraima – que também pecam pela não representatividade de gênero, desta vez na cadeira para o Senado. No caso da BA, há quatro candidatos homens para o Senado e duas mulheres.

 

RN tem apenas uma mulher na disputa ao Senado

Para as vagas ao Senado, o cenário muda no RN e no País, uma vez que apenas oito estados cumpririam a cota mínima, caso a obrigatoriedade do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) valesse também para essa escolha. Vale ressaltar que para o cargo de governador, oito Estados contam com a disputa exclusivamente entre homens. Já para o Senado, duas UFs repetem este dado.

No RN, apenas a veterinária Shirlei Barros de Medeiros, matriculada no partido Democracia Cristã (DC), pediu registro de candidatura para o Senado. Ele enfrenta oito homens nessa disputa, o que mostra uma proporcionalidade de apenas 10%.

Rondônia é o estado com maior equilíbrio de gênero na disputa pelo Senado, com quatro mulheres e quatro homens, proporcionalidade de 50%. Na sequência vem Pernambuco e o Rio Grande do Norte, com proporcionalidade de 44,4%, sendo cinco candidatos homens contra quatro mulheres. Depois aparece Tocantins, onde dos 12 postulantes ao Senado, cinco são mulheres, proporcionalidade de 41%.

Com exceção da disputa pelos cargos de deputado estadual e federal, os partidos políticos não se preocuparam com a representatividade na indicação para as vagas da Presidência, Vice-Presidência, Senado e Governo do Estado neste ano.

 

Disputa proporcional tem 66,50% homens e 33,50% mulheres

De todas as 26.822 candidaturas para deputados federais, estaduais e distritais, 17.832 (66,50%) são de homens, enquanto 8.990 (33,50%) são de mulheres.

O partido que possui proporcionalmente, no geral, mais candidaturas femininas é o Unidade Popular (UP), composto 75% de candidatas e 25% de candidatos. Já o partido com o menor percentual de mulheres é o AGIR, que apresentou 877 candidaturas, das quais apenas 31,10% são de mulheres e 68,90% de homens.

Há pelo menos 37 pessoas transexuais concorrendo ao pleito - número refere-se à quantidade de candidatos que responderam ao nome social. Vale ressaltar que não é obrigatório informar este dado. Destas, 14 se autodeclararam pardas e 9 pretas.

O estudo também observou os bens declarados dos candidatos. Quanto maior os cargos majoritários, maior o patrimônio. Os presidentes possuem o maior valor de bens declarados, já os deputados distritais são os que declararam menos. A média de valor dos bens declarados de todos os candidatos é de R$ 830 mil, conforme tabela abaixo.

Os três cargos para o legislativo regional, deputado distrital, com 564 candidaturas; deputado estadual, com 16.085 candidaturas; e deputado federal, com 10.156 candidaturas, possuem média de valor dos bens declarados abaixo dessa média, respectivamente, R$ 432 mil, R$ 535 mil e R$ 748 mil.

 

Tags:

Eleições 2022
mulher
homem
Rio Grande do Norte

voltar