Segunda-Feira, 20 de janeiro de 2025

Postado às 08h45 | 27 Out 2022 | redação Reta final: Bolsonaro destaca empregos; Lula defende taxação maior dos ricos

Crédito da foto: Reprodução Jair Bolsonaro e Lula disputam votos dos indecisos

A três dias do segundo turno das eleições presidenciais, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concentram esforços em regiões que poderão ser decisivas, levando em conta o mapa eleitoral oferecido pelo primeiro turno. Os dois candidatos também priorizam discursos que correspondem aos anseios dos eleitores brasileiros.

Nesta quarta-feira, 26, em Minas Gerais, Bolsonaro explorou os números positivos do emprego em setembro, conforme dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho (veja os números oficiais na página 7). “No mês passado foram criados novos 278 mil postos de serviços, é o Brasil partindo no rumo do pleno emprego”, disse o candidato, para seguir: “A nossa inflação está lá embaixo, tivemos o terceiro mês consecutivo com deflação, os [preços dos] combustíveis estão lá embaixo”, disse a apoiadores. “O Brasil vai indo muito bem pós-pandemia”, completou.

Bolsonaro fez comício na Praça Tiradentes, em Teófilo Otoni, acompanhado do governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), de lideranças políticas locais e religiosos. Antes, ele passou por Governador Valadares. Também se reuniu com lideranças políticas em Uberlândia onde participou de um ato no Sindicato Rural da cidade.

Já Lula, em entrevista à Rádio Mix de Manaus, disse que se for eleito pretende fazer uma reforma tributária no país, tornando o sistema mais progressivo.

Segundo Lula, é preciso convencer a sociedade brasileira da necessidade de uma política tributária progressiva. “Ou seja, uma política tributária que cobre mais de quem ganha mais e cobre menos de quem ganha menos. É por isso que nós estamos isentando [do Imposto de Renda] quem ganha até R$ 5 mil [por mês]”, disse em entrevista à Rádio Mix de Manaus.

Para Lula, a mudança, com a taxação proporcionalmente mais alta de quem tem maior renda, é uma questão de justiça social. “Precisamos fazer as pessoas compreenderem que pagar Imposto de Renda corretamente é fazer justiça neste país. Quem ganha mais tem que ter a responsabilidade de pagar mais, e quem ganha menos tem o direito de pagar menos.”

A taxação dos lucros e dividendos é um dos temas que, segundo o candidato, serão tratados na proposta que pretende enviar ao Congresso, caso seja eleito. “Nós vamos fazer uma proposta que as pessoas que ganham lucros e dividendos paguem um pouco mais, para que se possa fazer a distribuição correta neste país”, acrescentou.

No entanto, Lula ponderou, com base na experiência de seus governos anteriores, que a composição da Câmara dos Deputados e do Senado podem ser um empecilho a mudanças no sistema de cobrança de impostos e tributos. “A maioria que está no Congresso Nacional é de pessoas que têm, de certa forma, posses. Não são os pobres que estão no Congresso Nacional”, disse o candidato, ao comentar que a maioria dos parlamentares é de classe média ou é rica. “Essa gente não quer taxar os seus próprios recursos”, ressaltou.

De acordo com Lula, alterações na forma de arrecadação são necessárias inclusive para manter os benefícios que garantem renda mínima à parcela mais pobre da população. “O mundo inteiro está discutindo como o Estado [pode] funcionar para sustentar as pessoas pobres que não conseguem mais emprego. Vamos cuidar disso com muito carinho também logo no começo do nosso mandato”, afirmou.

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