Brasil chora o momento crítica que vive
Por César Santos / Jornal de Fato
As eleições terminaram; a disputa, não. É o que temos no Brasil partido ao meio. As manifestações de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL)são o retrato de um país onde a intolerância é palavra de ordem em seus loteamentos políticos.
Se o vencedor nas urnas fosse Bolsonaro, o cenário seria o mesmo. Se discorda, olhe o retrovisor. A esquerda não reconheceu o resultado das urnas em 2018 e o seu maior partido, o PT, não se fez presente na sessão de posse do presidente eleito, sob a justificativa que a vitória de Bolsonaro foi um golpe.
Aliás, golpe é a palavra de ordem. Os bolsonaristas bloqueiam rodovias, avenidas e promovem atos públicos em protesto ao “golpe”. Ou seja, o discurso é o mesmo, só mudou de cor.
Se o leitor explorar a memória mais um pouco, vai lembrar de 2014, quando o PSDB não aceitou a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), alegando que houve fraude nas urnas. Aécio Neves, o derrotado, disse que ele foi o eleito, e a turma bico longo cobrou uma investigação profunda no sistema de votação do Brasil.
A briga de PSDB e PT levou ao impeachment de Dilma, o que provocou duas situações inusitadas e igualmente danosas: o MDB, de Michel Temer, ganhou a Presidência do Brasil sem ter sido eleito; e a divisão da política tradicional deu vida ao bolsonarismo. Portanto, o que o País está vivendo hoje é consequência do que foi feito de errado no passado.
Isso é muito ruim, na medida em que não há qualquer perspectiva positiva para os tempos próximos. O presidente eleito Lula vai enfrentar a resistência que Bolsonaro enfrentou. Os verdes e amarelos estão decididos a cumprirem o papel de resistências a Lula, como os vermelhos fizeram com Bolsonaro. Muda-se apenas a posição nas arquibancadas.
Essa guerra ignora as demandas urgentes. Não sabemos o que vai acontecer com a educação, saúde, economia, infraestrutura, meio ambiente, segurança... Não sabemos o que vai acontecer com o povo brasileiro, principalmente aquele que depende das políticas públicas.
Temos dois brasis, infelizmente. E os dois não são bons.
FRASE
“Não existe dois brasis. Somos um único país, um único povo”
LULA – No discurso após a vitória nas urnas acenando para a pacificação no Brasil
PÃO
Lideranças de pastorais e movimentos religiosos de todo o Brasil vão se reunir no Congresso Eucarístico Nacional, que chega a 18ª edição com acolhida pela Arquidiocese de Olinda e Recife. O tema em debate: "Pão em todas as mesas". O bispo dom Mariano Manzana, da Diocese Santa Luzia de Mossoró, será acolhido pela Paróquia São Pedro, em Gaibu Cabo de Santo Agostinho/PE.
SANTA LUZIA
A Festa de Santa Luzia terá 13 dias de atividades religiosas e sociais. Essa é uma das novidades anunciadas pelo padre Flávio Augusto no lançamento da programação oficial. A abertura será no dia 1º de dezembro com acolhida da imagem da santa na Catedral e show de Ítalo Poeta e Ana Clara. A tradicional procissão sairá da Igreja de Nossa Senhora de Fátima, conjunto Abolição II.
MUDANÇAS PONTUAIS
A governadora reeleita Fátima Bezerra (PT) não pretende fazer grande mudança no secretariado para o segundo mandato. Seguirá a máxima que diz que não se mexe em time que está vencendo. Mas, para acomodar novos aliados, que foram importantes na campanha, Fátima fará mudanças pontuais no primeiro escalão.
ROMARIA
Na visita à obra do Hospital da Mulher de Mossoró, nesta segunda-feira, 7, a governadora Fátima foi acompanhada por longa fila de velhos e novos companheiros. Alguns e algumas até tentaram furar a fila para cumprimentar a chefe. Quem não é visto não é lembrado.
SEGURANÇA
Antes de viajar a Mossoró, a governadora Fátima empossou 333 novos policiais civis, aprovados em concurso e nomeados após o curso de formação. São agentes, escrivães e delegados para todas as regiões do estado.
UERN
A reitora Cicília Maia solicitou à bancada federal do RN a manutenção dos empenhos dos convênios firmados desde 2019 em benefício da Uern. Pediu também emendas ao orçamento 2023 para aquisição de equipamentos de informática e de climatização dos ambientes nos seis campi. Deputados e senadores assumiram compromisso com a Uern.
É NOTÍCIA
1 - Daniel Alves é convocado para a Copa do Catar aos 39 anos, em péssima fase e com apenas 12 jogos na temporada. Sem dúvida, uma bela homenagem que Tite faz ao amigo lateral.
2 - Nesta data, em 1990, o governo Fernando Collor abria para o setor privado o sistema de telefonia móvel no país. Naquele momento, Collor profetizou que no futuro todo cidadão teria acesso ao serviço com preços módicos. Foi uma das poucas coisas boas que ele fez.
3 - Novembro começou com chuvas fortes em regiões do RN. No Oeste, os municípios de Severiano Melo e Olho d'Água do Borges registraram chuvas de 105 mm e 103 mm no fim de semana.
4 - Os promotores de justiça Herbet Pereira, Maria de Lourdes Azevedo e Marcus Aurélio de Freitas formam a lista tríplice indicada pelo Ministério Público para desembargador do Tribunal de Justiça do RN. A escolha final será da governadora Fátima Bezerra (PT).
5 - A jornalista esportiva Larissa Maciel estará presente na 2ª edição da Feira Femea, com o seu livro "Entre Linhas", que narra histórias e rotinas de mulheres no esporte do Rio Grande do Norte. O evento será realizado sábado, 12, no Expocenter / Ufersa, a partir das 9h.
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