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Postado às 08h15 | 06 Dez 2022 | redação Rogério Marinho pode ter candidatura à presidência do Senado confirmada nesta quarta-feira

Nome apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, o senador eleito pelo Rio Grande do Norte também conta com o aval do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto e com a maioria dos atuais e novos senadores do PL. Ele enfrentará Rodrigo Pacheco

Crédito da foto: Reprodução Senador eleito Rogério Marinho

Por César Santos – Jornal de Fato

A candidatura de Rogério Marinho à presidência do Senado Federal deverá ser confirmada nesta quarta-feira pelo Partido Liberal (PL). Nome apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, o senador eleito pelo Rio Grande do Norte também conta com o aval do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto e com a maioria dos atuais e novos senadores do PL.

No fim de semana, o deputado federal Altineu Côrtes (PL-RJ), líder do partido na Câmara, afirmou que Marinho deve ser o nome indicado pelos liberais. “Eu acredito que o nome será o de Marinho pelo que tenho escutado. Ele tem muito trabalho prestado na política, é um homem honrado e vai ter um consenso, se é que já não houve, a ele ser o único candidato desse nosso grupo de partidos”, declarou Côrtes em entrevista à CNN Brasil.

O deputado, porém, não bateu o martelo quanto à união do PL em torno da candidatura de Marinho. “Todo o grupo, não só o PL como os outros partidos, pode propor outro nome, mas o nome que está à frente desse processo é do Marinho”, ressaltou.

A pré-candidatura de Marinho ganha força porque não há possibilidade de o PL apoiar o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na eleição marcada para o início de fevereiro. O líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), garantiu que o “martelo será batido” nesta quarta-feira.

"O PL vai ter um candidato, é para valer, e eu vejo uma disputa voto a voto, ninguém ganha por antecipação na presidência do Senado", disse Portinho, em entrevista à CNN Brasil. Ele considera que Rogério Marinho é o favorito para a disputa. Portinho afirma que há uma preferência por “conversas isoladas” entre parlamentares da bancada e de outros partidos com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), para lançar o ex-ministro do Desenvolvimento Regional.

A articulação dos liberais para impedir a reeleição de Pacheco deve contar com o apoio do Progressistas. Enquanto isso, o PT atua para costurar uma aliança na Casa, a favor de Pacheco, que inclua MDB, PDT e União Brasil.

A reunião de amanhã deve contar com a presença da futura bancada do PL e de senadores da atual legislatura. "É a bancada do PL que vai decidir de forma democrática e será consensual, sairemos unidos, aquele que será o nosso candidato", afirmou Portinho.

 

 Rogério foi eleito com a força do Desenvolvimento Regional

Rogério Marinho foi eleito senador do Rio Grande do Norte para ocupar a vaga que atualmente é exercida pelo senador Jean Paul Prates (PT). Ele obteve 708.351 votos, ou 41,85% dos votos válidos, superando o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo (PDT), com 565.235 votos (33,40%), e o deputado federal Rafael Motta (PSB), com 385.275 votos (22,76%). O mandato de Rogério terá início em 2023 e se estende até 2030.

O candidato do PL ganhou força com o Ministério do Desenvolvimento Regional, que ele comandou durante três anos e três meses. A pasta garantiu liberação de recursos e obras em todos os 167 municípios do Rio Grande do Norte. Ele teve o apoio de mais de 120 prefeitos.

Após a vitória, Rogério analisou que a sua eleição teve um processo de reconhecimento. “Nós estivemos prestando contas das nossas ações. Nós percorremos o estado dizendo o que fizemos, a forma como nós nos comportamos como deputado e ministro do Estado. Depois, tivemos o apoio de líderes políticos importantes, de prefeitos, lideranças regionais, e isso foi muito importante”, disse.

Rogério Simonetti Marinho tem 58 anos, é economista e professor. Foi ministro do Desenvolvimento Regional entre 2020 e 2022. Entre 2019 e 2020, também atuou como secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.

Foi deputado federal pelo Rio Grande do Norte durante três mandatos. Neste período, criou o Instituto Metrópole Digital, incluindo Natal no mapa da tecnologia da informação. Na Câmara dos Deputados, foi presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Comércio, Serviços e Empreendedorismo (CSE), uma das maiores do Congresso Nacional.

Em 2013, como Secretário do Desenvolvimento Econômico na gestão da ex-governadora Rosalba Ciarlini, Marinho foi responsável pela criação do Pró-Sertão, Programa de Industrialização do Interior.

Também foi vereador e presidente da Câmara Municipal de Natal, quando fundou a Federação das Câmaras Municipais do Estado (Fecam).

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