Por César Santos – Da Redação
Ainda não é oficial, mas o martelo foi batido: o senador Jean Paul Prates (PT-RN) será o presidente da Petrobras no terceiro governo do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nome da cota de Lula, que divide opinião de parte do mercado, mas que tem o apoio político dentro e fora do PT.
Nesta quinta-feira, 22, quando Lula anunciava 16 futuros ministros, a jornalista Ana Flor, do Globonews, noticiou que o senador pelo RN foi a escolha para a Petrobras, junto com o também senador Alexandre Silveira (PSD) para o Ministério de Minas e Energias.
A ida de Jean Paul para o futuro governo foi selada antes mesmo das eleições deste ano, quando ele abriu mão de tentar reeleição para viabilizar a candidatura ao Senado do ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT), para fortalecer o projeto de reeleição da governadora Fátima Bezerra (PT). Paul atendeu ao pedido de Lula, que articulou a aliança do PT com MDB e PDT no Rio Grande do Norte. Se não fosse para a Petrobras, certamente seria ministro das Minas e Energias.
Paul Prates tem longa atuação no setor de óleo e gás. Ele foi relator, no Senado, de projetos importantes, como o que levou à redução dos preços de combustíveis – a lei complementar da monofasia do ICMS.
O senador reforça a promessa de Lula para os combustíveis, que é acabar com a política de paridade internacional de preços, criada pelo governo Michel Temer em 2016.
A ideia do futuro presidente da Petrobras é retomar os investimentos, com mais atenção à transição energética, o que, para o mercado de ações, pode reduzir os pagamentos vultosos de dividendos feitos este ano, que ajudaram nas contas da União.
Paul propõe criar referências regionais que possam levar em conta a formação de preços nacionais e importados. Segundo ele, não se trataria de tabelamento de preços dos combustíveis, no entanto, a proposta precisa ser detalhada.
Jean Pau Prates foi consultor na área de petróleo e gás e secretaria de Energia do Rio Grande do Norte, quando atuou para a instalação e expansão da energia eólica e solar no estado. Em 2014, ele foi o primeiro suplente da senadora eleita Fátima Bezerra e, em 2018, com a vitória da petista para o Governo do RN, assumiu o mandato de senador da República.
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