Domingo, 19 de janeiro de 2025

Postado às 08h45 | 27 Dez 2022 | redação Opinião: segundo governo Fátima terá força política, mas um PSDB que incomoda

Crédito da foto: Reprodução Ezequiel Ferreira com a governadora Fátima e o vice-governador eleito Walter Alves

Por César Santos / Jornal de Fato

A governadora Fátima Bezerra (PT) terá uma base política mais ampla e sólida na segunda gestão, o que é importante para ela cumprir as propostas prometidas na campanha eleitoral. Boa parte delas depende do bom humor da Assembleia Legislativa e, se depender da futura composição do plenário, com provável maioria governista, Fátima terá o apoio político que não teve na primeira gestão que está se encerrando.

A construção de nova base política ainda está andamento, mas de forma favorável. A governadora tem conduzido o processo que está inserido na formatação do novo secretariado. Fátima Bezerra preserva a pasta da Saúde. Os outros espaços serão ocupados por velhos e novos companheiros.

Essa negociação se faz necessário para o governo ter maioria na Assembleia Legislativa. As urnas de 2 de outubro elegeram 10 deputados que fizeram campanha para a governadora, sendo seis da federação PT/PV/PCdoB: Isolda Dantas, Divaneide Basílio e Francisco do PT e George Soares, Hermano Morais e Eudiane Macedo, do PV; e quatro do PSDB: Ezequiel Ferreira de Souza, Dr. Bernardo Amorim, Kleber Rodrigues e Ubaldo Fernandes.

A bancada deve saltar de 10 para 15 até a abertura da nova Legislatura em 1º de fevereiro de 2023. Cinco deputados eleitos de partidos de oposição caminham para escalar a rampa da Governadoria: Neilton Diógenes e Terezinha Maia, do PL; Dr. Kerginaldo Jacome, do PSDB; Luiz Eduardo, do Solidariedade; e Ivanilson Oliveira, do União Brasil.

Se confirmado, a governadora passará a contar com maioria confortável para aprovar na Assembleia Legislativa os projetos que julga de interesse do Rio Grande do Norte. Bem diferente da primeira gestão, que teve uma bancada inferior numericamente e viu projetos importantes cancelados por falta de força política.

O cenário positivo que se vislumbra, no entanto, precisa de um olhar atento. É que o PSDB, liderado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira, será um fiel da balança. Com 10 deputados eleitos e diplomados, o partido dará as cartas conforme seus interesses. Hoje, está dividido ao meio, com cinco governistas e cinco oposicionistas, mas se unirá quando necessário.

Aliás, o PSDB já fez isso no atual governo. Dividiu-se para somar. Enquanto Ezequiel, Kleber Rodrigues, Ubaldo e Dr. Bernardo defenderam o governo, a outra banda, formada por Gustavo Carvalho, Tomba Farias, José Dias, Galeno Torquato, Nelter Queiroz e Getúlio Rêgo, criou dificuldades como a instalação de uma CPI para investigar as ações de combate à Covid-19. Não houve racha ou divisão entre os parlamentares do bico longo, apenas o jogo de interesse político. Ao final, o PSDB se deu bem.

E deve continuar assim. O partido vai renovar o mandato de Ezequiel na presidência da Assembleia Legislativa e, em ato seguinte, eleger o sucessor para o segundo biênio da próxima legislatura.

Para finalizar, não custa lembrar que o líder do tucanato potiguar anda de mãos dadas com o vice-governador eleito e diplomado, Walter Alves.

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