Palácio da Resistência, sede da Prefeitura de Mossoró
Coluna César Santos - Jornal de Fato
O prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) está mudando a titularidade de mais de 10 pastas do seu secretariado. Para melhorar o desempenho da gestão municipal, claro, afinal, se estivesse bom não mudaria, como diz a sabedoria popular: “não se mexe em time que está ganhando”.
Allyson vai trocar os titulares do Gabinete Civil, Comunicação, Administração, Fazenda, Consultoria Geral, Cultura, Assistência Social e Cidadania, Agricultura, Esporte e Juventude. Ainda existe a possibilidade de mudança na Secretaria de Segurança, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Trânsito, que é comandada desde janeiro de 2021 pelo militar Cledinilson Morais de Oliveira.
Decisão acertada.
Na gestão pública, o que não funciona deve ser resolvido. O gestor não pode conviver com a inércia, sob pena de ser reprovado pelo cidadão na avaliação final. O prefeito entra na segunda metade de sua gestão, precisando corrigir os erros, melhorar os indicadores da máquina administrativa, e isso só será possível com uma equipe competente.
O fato é que a gestão Allyson não tem uma cara própria, é uma gestão sem identidade. Basta observar que todas as ações executadas nos últimos dois anos tiveram o selo do Finisa, da ex-prefeita Rosalba Ciarlini (Progressistas), e das emendas indicadas pelo deputado federal Beto Rosado (Progressistas). Quase R$ 200 milhões em caixa recebidos por Allyson, com todos os projetos elaborados, coube a ele apenas executar o que estava pronto para ser executado.
Imagine se não tem os recursos do Finisa e das emendas de Beto, o que Allyson teria feito até aqui?
Na primeira metade de sua gestão, o prefeito Allyson andou por toda Mossoró com esses recursos, tentando esconder a origem e assumindo como se tivesse sido um feito seu. A mídia bem remunerada ajudou na tarefa. Só que o dinheiro do Finisa e das emendas parlamentares está se acabando. É preciso buscar outra fonte e, também, fazer o secretariado funcionar com competência para executar as ações reclamadas por todos.
No final de 2022, o prefeito lançou o “Mossoró Realiza”, com muita festa, mas pouco conteúdo. O projeto foi apenas uma forma de justificar o pedido de autorização para contratar operações de crédito de quase meio bilhão de reais, devidamente aprovado pela Câmara Municipal de Mossoró. São esses recursos, se chegarem a tempo, que irão recompor o caixa de investimento pós-Finisa.
As promessas de recuperar o rio Apodi-Mossoró, pavimentar ruas e avenidas, reformar escolas, praças e outros logradouros públicos, inseridas no “Mossoró Realiza”, foram requentadas da campanha eleitoral de 2020. São ações comuns, embora necessárias, que fazem parte do chamado “feijão com arroz”.
Portanto, o “Realiza” não é um projeto que vai transformar Mossoró, como prometeu o prefeito, mas, sim, um meio de ele continuar nos bairros promovendo a sua imagem, como tem feito com os recursos do Finisa e das emendas do deputado Beto.
Resta saber se o povo aprovará na hora que for chamado para julgar, em 2024. Até aqui, Allyson Bezerra está sem rugas na foto oficial.
FRASE
“Quem fizer algo errado será convidado a deixar o governo”
LULA – Presidente, na primeira reunião ministerial
VUCO-VUCO
Nesta data, em 2000, era iniciada ampla reforma no popular mercado do vuco-vuco, obra da segunda gestão da ex-prefeita Rosalba Ciarlini. Agora, 23 anos depois, a gestão do prefeito Allyson Bezerra está reformando e ampliando o espaço de comércio popular, com recursos contratados ao Finisa. O mercado do vuco-vuco, na Avenida Rio Branco, concentra boa parte do comércio local.
WALTER COLLINI
Há 13 anos, o padre italiano Walter Collini celebrava a primeira missa como novo pároco da Catedral de Santa Luzia de Mossoró. O religioso, da cidade de Pinzolo, Trento, chegou à cidade em 1973, ainda como seminarista. Ele foi ordenado pelo bispo dom Gentil Diniz Barreto, em junho daquele ano. Padre Walter sucedeu monsenhor Américo Simonetti na paróquia de Santa Luzia.
NOVO SECRETÁRIO
O servidor da Ufersa, Almir Mariano, aceitou o convite para assumir a Secretaria de Projetos Estratégicos. A pasta estava sem titular desde a saída de Brenno Queiroga, em março de 2022.
CAFEZINHO
O presidente da Câmara de Mossoró, Lawrence Amorim (SDD, tomou o "Cafezinho com César Santos". Conversa longa sobre política e futuras eleições. Ele responde se pretende, ou não, compor chapa majoritária em 2024. Confira na edição deste domingo, 8.
BICO LONGO
Os deputados reeleitos Tomba Farias, Galeno Torquato e Nelter Queiroz estão dispostos a abrir dissidência dentro do PSDB para eleger o presidente da Assembleia Legislativa para o segundo biênio da nova Legislativa que começa em 1º de fevereiro. O trio apoiará a reeleição do presidente Ezequiel Ferreira, líder do tucanato potiguar, para o primeiro biênio. Mas se sentirá livre para eleger o sucessor.
JUNTOS
Aos mais próximos, Tomba Farias diz que chegou a hora de disputar a presidência da Assembleia. Ele é o nome que junta a oposição para fazer frente ao governismo. Além de Nelter e Galeno, tem a simpatia de outros deputados tucanos, como Gustavo Carvalho e José Dias.
É NOTICIA
1 - Na primeira reunião ministerial, ontem, o presidente Lula (PT) proibiu a entrada de celulares. Os senhores ministros, de "confiança", tiveram que deixar seus aparelhos do lado de fora.
2 - A Samu Mossoró faz plantão no fim de semana para atender urgência em Tibau ou Grossos, na Costa Branca. O serviço faz parte da parceria entre os três municípios para melhor assistir à saúde das pessoas que se transferem para o litoral.
3 - O Deu Praia Festival de hoje, em Tibau, tem Mumuzinho, Dilsinho e Menos é Mais. A arena vai receber grande público. Tibau vai estar lotadinha de turistas e de mossoroenses. Vamos lá.
4 - A passagem do Potiguar pela pré-Copa do Nordeste foi ao estilo vapt-vupt. Derrota para o CSA e volta para a casa. Agora se prepara para disputar o enfadonho Campeonato Estadual. É o futebol de Mossoró que ainda resiste ao amadorismo.
5 - Estados Unidos e Alemanha enviaram blindados pela primeira vez à Ucrânia. A Rússia iniciou o cessar-fogo para "respeitar" o Natal. Uma estratégia para voltar a atacar com toda a força. A guerra entre Rússia e Ucrânia vai ganhar ainda mais dimensão.
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