Domingo, 19 de janeiro de 2025

Postado às 09h00 | 01 Fev 2023 | redação Disputa entre Rodrigo Pacheco e Rogério Marinho agita o Senado hoje

Crédito da foto: Reprodução Rogério Marinho e Rodrigo Pacheco disputam presidência do Senado

O Congresso Nacional inicia hoje a nova Legislatura com posse de senadores e deputados e as eleições para Mesa Diretora das duas Casas. Na Câmara, a reeleição de Arthur Lira (Progressistas) é dada como certa, porque tem apoio de governo e oposição. Já no Senado a disputa é acirrada entre Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Rogério Marinho (PL-RN).

O Plenário do Senado tem reuniões marcadas para esta quarta, 1º, e quinta-feira, 2, para eleger a nova Mesa, composta por presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários com respectivos suplentes. A escolha ocorrerá após a posse dos 27 senadores eleitos em outubro, o equivalente a um terço do senado, de acordo com procedimentos definidos pelo Regimento Interno.

Já convocadas pelo atual presidente, Rodrigo Pacheco, a primeira reunião preparatória, para a posse dos parlamentares, será às 15h de hoje. Em seguida será aberta a segunda reunião preparatória para a eleição do presidente do Senado.

Se houver a concordância de pelo menos um terço dos senadores (27), ainda hoje serão escolhidos os demais membros da Mesa: primeiro e segundo-vice-presidentes e primeiro, segundo, terceiro e quarto-secretários com seus suplentes. Sem o acordo, a eleição para a Mesa ficará para uma nova reunião preparatória prevista para amanhã, às 10h.

Reportagem da Globonews no início da noite desta terça-feira, 31, mostrava que as articulações em torno da eleição para a presidência do Senado se intensificaram às vésperas da votação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entraram em campo em busca de votos para Pacheco e Rogério Marinho, respectivamente.

A atuação de dirigentes partidários, questões regionais e divergências entre senadores e aliados dos candidatos também têm influenciado a dinâmica da disputa de votos. Algumas manifestações de apoio, inclusive, geram surpresa de parlamentares. É o caso do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE).

Além de Alessandro Vieira, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), também anunciou apoio a Rogério Marinho nos últimos dias.

A CNN Brasil noticiou que o Palácio do Planalto entrou na operação política oferecendo cargos do segundo escalão para conquistar senadores cujos votos são incertos. O foco está principalmente em cargos federais presentes nos estados, como superintendências. Há dezenas de cargos que até hoje não foram preenchidos, o que tem gerado críticas da base.

“A atenção é no próprio partido de Pacheco, o PSD. Um grupo se insurgiu nos bastidores contra o fato de a principal comissão do Senado, a de Constituição e Justiça, estar prometida para Davi Alcolumbre, atual presidente do colegiado e principal operador político da campanha de Pacheco. De 13 senadores do partido, pelo menos cinco são colocados como possíveis votos em Marinho”, diz a reportagem.

Inflados

Aliados dizem que Rodrigo Pacheco tem 55 votos, margem mais que suficiente para assegurar a reeleição. Já apoiadores de Rogério Marinho contam 43 votos.

A conta não fecha porque ultrapassa o número total de 81 senadores e escancara a estratégia dos aliados de inflar números para tentar angariar mais votos.

A decisão final será tomada nesta quarta-feira, em votação secreta – o que possibilita traições de última hora.

 

Lira está tranquilo

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), formou uma frente ampla para tentar garantir a sua reeleição para o comando da Casa Legislativa.

A chapa de Lira inclui do PL, de Jair Bolsonaro, ao PT, de Luiz Inácio Lula da Silva. Ela também contempla o PSD, o Republicanos, o MDB e o União Brasil.

Lira é o favorito na disputa à Câmara dos Deputados. O seu único adversário é o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), que não tem o apoio nem mesmo do Palácio do Planalto.

A ordem na gestão federal é apoiar Lira, apesar de ele ter sido aliado de primeira hora de Bolsonaro. Lula não quer repetir o ocorrido com Dilma Rousseff em 2015. A então presidente não apoiou a candidatura de Eduardo Cunha (MDB-RJ), que deu início ao seu processo de impeachment.

Veja a Chapa

Presidente: Arthur Lira (PP-AL)

Primeiro Vice-Presidente: Marcos Pereira (Republicanos-SP)

Segundo Vice-Presidente: Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)

Primeiro Secretário: Luciano Bivar (UNIÃO-PE)

Segundo Secretário: Maria do Rosário (PT-RS)

Terceiro Secretário: Júlio César (PSD-PI)

Quarto Secretário: Lúcio Mosquini (MDB-RO)

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