Palácio da Resistência, sede da Prefeitura de Mossoró
POR CÉSAR SANTOS / JORNAL DE FATO
Nas eleições de 2020, Allyson Bezerra (União Brasil) foi eleito prefeito com uma maioria de menos de 5% dos votos válidos sobre a então prefeita Rosalba Ciarlini (Progressistas). Haveria segundo turno se a cidade tivesse 200 mil eleitores, uma vez que a soma dos demais postulantes suplantaram a votação do eleito. Veja o resultado:
- Allyson Bezerra (Solidariedade, hoje União) – 65.297 (47,52%)
- Rosalba Ciarlini (Progressistas) – 59.034 (42,96%)
- Isolda Dantas (PT) – 8.051 (5,86%)
- Cláudia Regina (DEM) – 4.046 (2,94%)
- Professor Ronaldo (Psol) – 611 (0,44%)
- Irmã Ceição (PRTB) – 378 (0,28%)
- Brancos – 2.282 (1,57%)
- Nulos – 6.052 (4,15%)
- Abstenção – 30.181 (17,15%)
As votações de Rosalba, Isolda, Cláudia, Professor Ronaldo e Irmã Ceição foram 72.120 votos contra os 65.297 de Allyson, uma maioria de 6.823 votos, acima, inclusive, da diferença entre Allyson e Rosalba, que foi de 6.263 votos.
Os números finais de 2020, evidentemente, não significam que irão impactar nas eleições do próximo ano. Os cenários são outros. Agora, esse levantamento não pode ser totalmente descartado, uma vez que ajuda a nos aproximar de um entendimento, no mínimo razoável, do complexo processo político-eleitoral da cidade.
O ponto de partida é: depois de eleito, o atual prefeito aumentou o seu poderio eleitoral? E, se aumentou, elevou a um patamar de maioria confortável?
Em segunda marcha, pergunta-se: e a oposição, se reunida no mesmo conglomerado eleitoral, sustenta o patamar de votos contrários a Allyson Bezerra, como registrado em 2020?
Não há como precisar. Porém, parece bem claro que se a oposição conseguir formar uma frente ampla, capaz de sustentar um palanque, a disputa eleitoral do próximo ano será bastante acirrada.
E, mesmo que a oposição não esteja totalmente reunida, é certo que o prefeito Allyson Bezerra terá adversário para desafiar a sua permanência no poder. A disputa pela Prefeitura de Mossoró será acirrada, sim, a exemplo da eleição passada quando a diferença entre o eleito e a segunda colocada não alcançou os 5% dos votos válidos.
Esse cenário deverá ficar mais nítido nas primeiras semanas do ano novo que se aproxima. Talvez, os alpendres de Tibau retomem o seu protagonismo político durante a alta estação mais balada do litoral da Costa da Branca.
2024 já está bem aí.
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