O projeto do Santuário de Santa Luzia, em Mossoró, já conta com os primeiros recursos financeiros. São da ordem de R$ 200 mil, oriundos de emenda parlamentar do deputado federal Benes Leocádio (União Brasil), liberados pelo Ministério da Fazenda.
Nesta segunda-feira, 1º, por meio do ofício 038/2024/GAB/DBL, o parlamentar comunicou a liberação dos recursos ao prefeito Allyson Bezerra (União Brasil), uma vez que o dinheiro federal será transferido para a conta do município.
Os recursos devem ser utilizados na elaboração do projeto. Prefeitura e a Diocese de Mossoró devem conduzir o processo juntos.
Benes Leocádio assumiu o compromisso com o Santuário de Santa Luzia durante audiência pública realizada em 14 de abril de 2024, sob a coordenação do presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Lawrence Amorim (PSDB). Na oportunidade, o parlamentar anunciou a chamada “emenda pix”, no valor de R$ 200 mil, para ser aplicada no projeto do santuário. A “emenda pix” não tem necessidade de convênio, uma vez que sai direto da União para a conta da Prefeitura.
Na semana passada, o bispo dom Francisco de Sales revitalizou a luta pela construção do Santuário de Santa Luzia. O líder da Igreja Católica em Mossoró e região Oeste se mostrou favorável ao projeto e se colocou à disposição, assim como fez o seu antecessor, bispo Emérito dom Mariano Manzana.
Dom Francisco disse que, nesse primeiro momento, está sentindo o processo de reflexão e de diálogo a respeito do tema. E assegurou que dará sequência à ideia.
“Sem dúvida alguma, nós iremos entabular diálogos cada vez mais intensos e profundos, mas também com a clareza de onde a gente parte, o que a gente precisa construir e aonde a gente quer chegar”, declarou, em entrevista à imprensa.
O bispo defendeu analisar o santuário sob duas dimensões:
A primeira, é o aspecto geral. Ele comentou que a construção de um santuário não é simplesmente um espaço físico. “Esse espaço físico deve ser habitado também por um projeto humano, também de crescimento e desenvolvimento da cidade. É um projeto que deve ter como foco a presença também das pessoas que aqui chegam, como um local de peregrinação.”
A segunda, é a pastoral. Dom Francisco afirmou que a Diocese deve sentar, pensar e planejar um santuário na perspectiva daquilo que a Igreja compreende como um santuário, que comporta uma dimensão muito específica da ação pastoral e evangelizadora da igreja.
Para conciliar esses dois aspectos, o bispo afirmou haver várias janelas de diálogo, tanto internamente, na Diocese, quanto externamente, do ponto de vista institucional, e daqueles que plantaram um desejo de construir o santuário.
“É preciso sensibilizar a comunidade e todos aqueles que podem colaborar, pensando e sonhando que esse é um projeto para o bem, para o desenvolvimento também da cidade e, sobretudo, para o incremento da dignidade das pessoas”, concluiu.
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