Ex-reitor da Ufersa, Josivan Barbosa
Por César Santos / Jornal de Fato
A deputada estadual Isolda Dantas (PT) ainda não admite, de público, que não será candidata à Prefeitura de Mossoró nas eleições de 6 de outubro, no entanto, a sua decisão, pessoal, está tomada. A parlamentar, inclusive, consultou o ex-reitor da Ufersa, Josivan Barbosa (PT), sobre a possibilidade de substituí-la na cabeça de chapa da federação Brasil da Esperança, formada pelo PT/PV/PCdoB.
Nesta segunda-feira, 13, em conversa com a reportagem do Jornal de Fato, Josivan confirmou que conversou com Isolda sobre a possibilidade de ele ser o candidato da federação à Prefeitura. Disse que não tomou qualquer decisão, por entender que é preciso construir uma ampla aliança antes de definir a formação de chapa.
“Temos que somar”, disse ao observar que existe a possibilidade de união das oposições. Josivan, que foi candidato a vice-prefeito de Mossoró na chapa de Larissa Rosado (PSB) nas eleições de 2012, advoga que a oposição precisa ampliar o diálogo para ser forte nas eleições deste ano. “Vamos conversar”, afirmou.
A notícia sobre desistência de Isolda Dantas disputar a Prefeitura de Mossoró ganhou força neste início de semana, embora a deputada tenha afirmado, em suas redes sociais, que “não houve anúncio de retirada de pré-candidatura do PT.” Ela escreveu: “Junto da Federação da Esperança continuamos em diálogo para construção de uma oposição forte. Seguimos na luta por Mossoró!”
Na própria postagem, porém, a parlamentar deixa claro que a possibilidade de união de forças da oposição para enfrentar o prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) deve ser a prioridade, sugerindo que a federação pode apoiar outro nome. Ela elogiou o lançamento da pré-candidatura de Lawrence Amorim (PSDB), atual presidente da Câmara Municipal, à Prefeitura de Mossoró. “Quanto à pré-candidatura de Lawrence, o PT e a Federação veem como positiva para a construção do projeto de oposição”, disse.
Em 2020
Isolda Dantas cumpre o segundo mandato na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Ela foi eleita em 2018, com 32.963 votos, quatro anos depois, em 2022, renovou o mandato com uma votação mais expressiva: 57.657 votos, ficando na sexta posição entre os eleitos.
Antes, em 2016, Isolda conquistou o seu primeiro mandato eletivo, para a Câmara Municipal de Mossoró, com 1.861 votos. Em 2020, tentou se eleger prefeita da cidade, mas ficou na terceira colocação, com apenas 8.051 votos (5,86%).
Base de apoio a Allyson perde consistência
A pré-candidatura de Lawrence Amorim à Prefeitura de Mossoró, lançada pelo PSDB, reduz a estrutura de apoio à reeleição do prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) e, por consequência, amplia o leque de possibilidades da oposição às eleições municipais deste ano.
Lawrence saiu da base de apoio político-administrativa de Allyson, depois que o prefeito reduziu drasticamente os valores do duodécimo da Câmara Municipal. Presidente da Casa, Lawrence entendeu que o prefeito estava rompendo a parceria iniciada nas eleições de 2020. Dessa forma, o PSDB decidiu lançar o seu nome à sucessão municipal.
Antes de Lawrence, o prefeito Allyson havia rompido politicamente com o PL, do senador Rogério Marinho, com os vereadores Tony Fernandes e Paulo Igo, que foram eleitos com ele em 2020; com os ex-vereadores Jório Nogueira e Tomaz Neto.
Com a pré-candidatura de Lawrence, a oposição passa a ter cinco opções: Genivan Vale, do PL; Tony Fernandes, Avante; Zé Peixeiro, Republicanos; Isolda Dantas, PT; e agora Lawrence Amorim.
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