Por Heitor Gregório
Ao ser demitido da presidência da Petrobras, o ex-senador Jean Paul Prates deu uma declaração onde não garantiu sua permanência no Partido dos Trabalhadores (PT).
Foi pelo PT que Jean Paul Prates foi senador, depois da renúncia de Fátima Bezerra em 2019 para tomar posse como governadora do Rio Grande do Norte. Pelo partido também disputou a Prefeitura de Natal em 2020, quando ficou em segundo lugar no pleito:
Resultado da eleição:
Álvaro Dias (PSDB) 194.764 (56,58%)
Jean-Paul Prates (PT) 49.494 (14,38%)
Delegado Leocádio (PSL) 35.181 (10,22%)
Kelps Lima (Solidariedade) 20.190 (5,87%)
Em 2022, quando a governadora Fátima foi disputar a reeleição e fez uma aliança com Carlos Eduardo para disputar o Senado, Jean Paul cogitou trocar de partido para disputar a reeleição. Manteve conversas com o PSD, PSB e outras legendas.
Naquele momento houve um grande esforço do partido pela permanência de Jean Paul nos seus quadros. Mas na verdade a permanência era pelos dez meses de mandato de senador que o partido precisava.
Advogado e economista, Jean Paul Prates é mestre em Planejamento Energético e Gestão Ambiental pela Universidade da Pennsylvania nos Estados Unidos. Na França, também fez mestrado em Economia de Petróleo e Motores pelo Instituto Francês do Petróleo. Ou seja, não resta dúvidas da capacidade técnica de Prates para o cargo que ocupou de presidente da Petrobras. Mas não teve o apoio do PT para continuar no cargo.
Hoje, o PT entende que beneficiou Jean Paul, sem receber o que merecia de volta.
E após a declaração de Prates deixando dúvidas quanto ao futuro partidário, não teve declaração de algum filiado do PT defendendo sua permanência na legenda.
Parece que o ciclo de Jean Paul no PT chegou ao fim.
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