Por Marcos Santos – Repórter do Jornal d e Fato
O Estádio Municipal Leonardo Nogueira segue sem nenhuma perspectiva. A gestora, a Prefeitura de Mossoró, não se manifesta sobre se o campo será reaberto mesmo com estrutura mínima para atender os clubes em 2025 ou se irá permanecer fechado, enquanto não surge a melhor opção para resolução dos seus problemas.
O presidente da Câmara de Mossoró e pré-candidato a prefeito, Lawrence Amorim (PSDB), comentou sobre o assunto. Ele censurou a gestão por não ter tido atitude em manter o Nogueirão funcionando mesmo que em condições mínimas, evitando sofrimento dos clubes.
“Jamais o Nogueirão deveria ter sido fechado, isso impacta na vida dos clubes, prejudica as pessoas do comércio informal que dependem do dia do jogo para vender o cachorro quente, o espetinho, a pipoca, o amendoim, e também a imprensa específica que teve a despesa aumentada com os jogos fora de Mossoró”, comentou ele.
“Principalmente os clubes, o prejuízo é grande. Está gastando para ir fazer os jogos fora de Mossoró e ao mesmo tempo deixa de arrecadar se os jogos fossem em casa. Com o Potiguar, isso vem ocorrendo desde o Estadual e imagino que o prejuízo está próximo dos R$ 100 mil, o que é um absurdo para um clube que necessita de apoios e parcerias. O Baraúnas também sofreu no Estadual e teve também prejuízos. Há pouco, vi que o tricolor teve de fazer uma ‘cotinha’ para ir a Natal para um jogo importante do time sub-15 porque o Nogueirão está fechado”, completou.
O Nogueirão está interditado desde o dia 7 de fevereiro por decisão da Justiça atendendo ação do Ministério Público (MP) devido à Prefeitura não ter atendido ao TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) sobre obras de acessibilidade. Foi dado um prazo de dois anos (2022 e 2023) para execução do serviço, mas a gestora desprezou.
A municipalização do estádio ocorreu em março de 2021, foi festejada nas redes sociais pelo prefeito Allyson Bezerra, mas até agora tudo não passou de marketing.
“A sensação que passa, não só para mim, mas também para os desportistas em geral, é que a municipalização não chegou. Segue no papel, porque de lá para cá nada aconteceu, não houve atitude, uma ação da prefeitura para que o Nogueirão pudesse ser revitalizado ou tivesse uma solução efetiva para os seus problemas, observando a preservação do patrimônio público e respeito aos desportistas. O Nogueirão tem uma história rica, uma luta da sociedade mossoroense em prol do seu erguimento; há um pertencimento cultural e esportivo, e isso precisa ser levado em conta”, comentou Lawrence.
“Esse pertencimento, eu tenho, todos desportistas têm. Desde cedo frequento o Nogueirão, jogando em escolinhas de futebol, categorias de base do Potiguar; também levado pelo meu pai, Alcindo Júnior, para assistir aos jogos, na época vice-presidente do Potiguar. Um estádio histórico e cheio de registros marcantes, mas hoje se encontra abandonado. Nós, enquanto desportistas, estamos desapontados com o que está acontecendo”, concluiu.
O Nogueirão completou 57 anos de fundação na última terça-feira, 4, mas sem nada para comemorar, diante do cenário de abandono. Neta quinta, 6, o estádio completou 120 dias em que se encontra interditado.
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