Sexta-Feira, 22 de novembro de 2024

Postado às 09h15 | 09 Out 2024 | redação Marleide Cunha é a única “sobrevivente” da bancada oposicionista

Crédito da foto: Reprodução - Instagram Vereadora Marleide Cunha quando votou no domingo, 6

Por César Santos – Jornal de Fato

Reeleição com 3.408 votos, a sexta mais votada à Câmara Municipal de Mossoró, a vereadora Marleide Cunha (PT) é a “sobrevivente” da atual bancada oposicionista. Foi a única que conseguiu êxito nas urnas e sai das eleições fortalecida para liderar a oposição no segundo governo do prefeito reeleito Allyson Bezerra (União Brasil).

A bancada de oposição atual é formada por sete vereadores, dos quais apenas três tentaram a reeleição. Paulo Igo (MDB) e Omar Nogueira (PV) não conseguiram renovar seus mandatos. Já Tony Fernandes (Avante) e Pablo Aires (PV) sequer foram candidatos.

Os outros dois integrantes da oposição, Lawrence Amorim (PSDB), que é o presidente da Câmara, e Carmem Júlia (MDB) formaram chapa majoritária como postulantes a prefeito e a vice-prefeita. O desempenho foi sofrível. A chapa recebeu apenas 11,11% dos votos, bem distante dos 78,02% dos votos recebidos pelo prefeito Allyson.

Os oposicionistas reclamam que Allyson Bezerra usou a máquina administrativa para derrotar vereadores de oposição. Paulo Igo e Omar Nogueira tiveram as bases eleitorais “invadidas” por candidatos bancados pelo sistema governista. Segundo apoiadores de Omar, o prefeito bancou estrutura do candidato John Kenneth (Solidariedade) na área de atuação do vereador adversário. Kenneth acabou eleito com 1.730 votos, enquanto Omar não teve voto para ser um dos eleitos pela federação PT/PCdoB/PV.

 

Educação

A mesma ofensiva foi feita contra Marleide Cunha, mas a vereadora petista foi sustentada por uma base sólida formada por categorias da educação pública e de servidores municipais efetivos, aqueles que não podem ser constrangidos pelo poder.

Essas duas categorias foram defendidas pelo mandato de Marleide Cunha, principalmente quando o Executivo mandou projetos à Câmara para retirar direitos históricos. A vereadora foi para frente da luta e, embora não tenha impedido a aprovação dos projetos, uma vez que a bancada governista tem a maioria esmagadora, ela saiu prestigiada pelas categorias atingidas.

Marleide Cunha mais do que dobrou a sua votação este ano em relação ao pleito de 2020. Naquele ano, ela obteve 1.528 votos; já no último domingo, 6, foi reeleita com 3.408, aumentando a votação em 1.880 votos, ou mais de 100%.

A bancada de oposição continuará reduzida na próxima legislatura, com apenas seis dos 21 vereadores eleitos.

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