Sexta-Feira, 08 de novembro de 2024

Postado às 13h45 | 08 Nov 2024 | redação 'Pacote fiscal' vai exigir articulação política do governo Fátima na Assembleia Legislativa

Bancada governista conta com 12 deputados dos 24 que compõem o plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Para aprovar projetos do pacote fiscal a governadora Fátima Bezerra vai precisa conquistar parlamentares que estão na oposição

Crédito da foto: ALRN Plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte

Jornal de Fato

O “pacote fiscal” encaminhado pelo Governo do Rio Grande do Norte à apreciação da Assembleia Legislativa, com objetivo de reequilibrar as contas públicas, vai desafiar a articulação política da governadora Fátima Bezerra (PT). Há um equilíbrio de forças no plenário da ALRN e, nesse momento, não tem como afirmar que o governo terá maioria para aprovar os projetos, principalmente o que retoma a alíquota modal do ICMS para 20%.

Levando em conta a posição dos 24 parlamentes, a partir de atuações recentes, inclusive, na derrubada da alíquota do ICMS de 20% para 18%, é possível apontar um empate em 12 x 12 (veja box abaixo). Isso significa que a articulação política do governo tem a missão de conquistar votos na oposição. É possível, levando em conta alguns deputados moderados, mas não é uma certeza.

O fato é que a Casa Legislativa terá debates acalorados. Nesta quinta-feira, 7, houve confronto de opiniões entre deputados do governo e de oposição. No debate, o oposicionista José Dias (sem partido) fez críticas ao projeto e adiantou que votará contra a retomada da alíquota do ICMS em 20%. “Vamos repetir os argumentos”, disse o deputado, referindo-se a sua posição na votação que estabeleceu a alíquota em 18% ocorrida em dezembro de 2023.

Outro oposicionista, deputado Luiz Eduardo (Solidariedade), apontou “insegurança jurídica” à cobrança de IPVA de carros elétricos e criticou o “envelhecimento da frota do estado”, ao comentar sobre o projeto que passa de 10 para 15 anos o tempo de uso de veículos livres do imposto. Sobre os carros elétricos, defendeu que a cobrança do imposto é necessária, já que eles transitam pelas mesmas estradas dos outros veículos.

O deputado governista Dr. Bernardo Amorim (PSDB) rebateu e explicou que o “envelhecimento da frota” não trará nenhum benefício para o Estado e que a regra só será aplicada a veículos comprados agora, mas daqui a 15 anos. Também adiantou que está articulando junto ao Governo do Estado para retirar esse debate do pacote.

O deputado Francisco do PT, líder do governo na Casa, defendeu a retomada da alíquota de 20%, que já era cobrada pelo Estado, mas foi reduzida há um ano, deixando o Rio Grande do Norte, em tamanho, menor que os demais estados do Nordeste que alinharam suas alíquotas para garantirem melhor arrecadação. Francisco criticou a oposição por defender ‘redução’ da arrecadação, mas cobrar gastos do Governo.

“Colegas que pedem corte de gastos apresentam emendas criando gastos”, disse o deputado, apresentando emendas apresentadas por parlamentares da oposição, criando gastos para o Estado. “O grande problema é que às vezes o discurso não é condizente com a prática”, concluiu o líder do governo.

 

Posição política dos deputados na Assembleia Legislativa

GOVERNO

1 - Isolda Dantas (PT)

2 - Divaneide (PT)

3 - Francisco (PT)

4 - Hermano Morais (PV)

5 - Eudiane Dantas (PV)

6 - Vivaldo Costa (PV)

7 - Ezequiel Ferreira (PSDB)

8 - Dr. Bernardo Amorim (PSDB)

9 - Kleber Rodrigues (PSDB)

10 - Ubaldo Fernandes

11 - Neilton Diógenes (PP)

12 - Ivanilson Oliveira (União Brasil)

 

OPOSIÇÃO

1 - José Dias (sem partido)

2 - Gustavo Carvalho (sem partido)

3 - Tomba Farias (sem partido)

4 - Dr. Kerginaldo Jácome (sem partido)

5 - Coronel Azevedo (PL)

6 - Terezinha Maia (PL)

7 - Cristiane Dantas (Solidariedade)

8 - Luiz Eduardo (Solidariedade)

9 – Isaac da Casca (MDB)

10 - Nelter Queiroz (PSDB)

11 - Galeno Torquato (PSDB)

12 - Taveira Júnior (União Brasil)

Deputado Vivaldo Costa diz que governadora “faz gestão competente”

O deputado governista Vivaldo Costa (PV) rebateu nesta quinta-feira, 7, as críticas feitas por parlamentares de oposição à gestão da governadora Fátima Bezerra (PT). Ele defendeu o governo e disse que “é preciso respeitar a trajetória de vida e política da governadora.”

“Vamos ouvir e pesquisar a sua história. Aprendi com o senador Dinarte Mariz que ninguém ocupa um lugar de graça. Fátima enfrentou todas as dificuldades e se tornou deputada estadual, federal, senadora e governadora reeleita”, disse Vivaldo.

Citando a recuperação das rodovias estaduais, o parlamentar declarou que a governadora tem feito uma gestão competente mesmo diante de tantos desafios herdados de gestões anteriores. “Todos sabemos que, com todas as dificuldades, Fátima tornou o nosso estado viável”, ponderou ele.

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