A discussão sobre a federalização ou privatização da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) motivou o pronunciamento na sessão desta terça-feira (1) do deputado George Soares (PR). Ele pediu mais respeito para a instituição e defendeu que os rumos da universidade sejam discutidos internamente.
“A UERN dá a oportunidade, através da educação, de um homem do campo se tornar um médico, são poucas as universidades que dão essa oportunidade. E não falo aqui apenas do Campus de Assu, da minha região, mas de todos os campis no Estado. A UERN merece ser respeitada. Qualquer discussão externa não renderá bons frutos. Essa discussão sobre federalização da instituição precisa ser interna, com seus docentes, funcionários e alunos”, disse o parlamentar.
George Soares citou a luta de seu mandato em reforçar as ações da UERN. Através de emendas individuais o campus de Assu foi climatizado e beneficiado com um ônibus. “Também indicamos recursos para a reforma do campus através do projeto de empréstimo do Banco do Brasil”, concluiu.
Em pronunciamento realizado na Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (1), o deputado Souza Neto (PHS) manifestou-se contrário à privatização da Universidade Estadual do RN (UERN) e destacou o valor social que a instituição de ensino possui para a região e todo o Estado.
“Essa instituição tem um capital humano incomensurável. A UERN é disseminadora do conhecimento e ao longo dos anos já mudou o destino e a realidade de muitas famílias do nosso estado”, disse o deputado enquanto criticou a sugestão.
O pronunciamento de Souza Neto foi pautado pela declaração do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Cláudio Santos, dada em entrevista coletiva, onde sugeriu a privatização da universidade estadual como forma de economia para o Estado. “O desembargador Cláudio Santos não foi muito feliz. Ele iniciou dizendo que queria ajudar o RN, garantir recursos para o Walfredo Gurgel, Maria Alice e a reabertura do Hospital da Mulher, em Mossoró, além do pagamento das diárias operacionais para a polícia. Mas responsabilizar a UERN não é correto. Quantos estados possuem universidades estaduais e não precisam dessa medida?”, indagou.
Souza ainda questionou medida do Governo do Estado que transferiu os equipamentos do Hospital da Mulher, em Mossoró, para outras unidades de saúde enquanto anunciou o hospital regional com 130 leitos. “Nos estranha o fato de o governador lançar a pedra fundamental do hospital regional com 130 leitos e afirmar que o Hospital da Mulher, com 55 leitos, não tinha viabilidade”, disse.
Do site da ALRN.
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