Domingo, 09 de março de 2025

Postado às 09h00 | 10 Jul 2017 | Edinaldo Parecer de relator sobre denúncia contra Michel Temer será lido nesta segunda-feira

A apresentação do parecer do deputado Sergio Zveiter (PMBD-RJ) será lido na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados na tarde desta segunda-feira, 10. A análise da denúncia está marcada para as 14h30

Crédito da foto: EBC Relator Sérgio Zveiter vai apresentar seu parecer sobre denúncia na Comissão de Coonstituição e Just

A apresentação do parecer do deputado Sergio Zveiter (PMBD-RJ) será lido na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados na tarde desta segunda-feira, 10. A análise da denúncia por crime de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer está marcada para as 14h30.

Temer foi acusado formalmente pela Procuradoria Geral da República (PGR) pelo crime de corrupção passiva com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS. O procurador-geral analisa a possibilidade de oferecer outras denúncias, por obstrução da Justiça e organização criminosa.

A defesa de Temer já foi entregue à CCJ, e nela seu advogado diz que não há provas do envolvimento do presidente da República em nenhum crime, e que a denúncia se baseia em suposições.

Para ser processado criminalmente no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da República tem uma proteção especial inerente ao cargo, o pedido precisa ser autorizado pela Câmara dos Deputados. É uma proteção para que o ocupante do cargo não seja perseguido ou retirado do cargo apenas pelo Judiciário, precisando da autorização do Legislativo.

A análise do processo começa pela CCJ, que dá um parecer sobre se deve ou não ser aberto o processo no Supremo Tribunal Federal. Após essa votação, tendo sido aprovada ou não a abertura de processo, o Plenário da Câmara precisa votar em definitivo a autorização. O que muda é o quórum, que na CCJ é simples, metade ou mais dos deputados presentes, que seriam 34 dos 66 integrantes da comissão, e no Plenário é de 2/3 do total, independente da presença, ou seja, 342 dos 513 deputados.

A votação na CCJ será nominal e por processo eletrônico, dizendo sim ou não ao relatório, que pode ser a favor ou contra a abertura do processo. Caso o relatório não seja aprovado, um novo relator será nomeado imediatamente, e nova votação para decidir definitivamente o parecer da comissão.

Após a leitura do parecer nesta segunda-feira (10), haverá um pedido de vista, que suspende a discussão por duas sessões do Plenário da Câmara, uma na terça e outra na quarta pela manhã. Logo após essa sessão, a CCJ deve iniciar a discussão, a partir das 11 horas de quarta-feira (12).

Em tese, todos os integrantes da comissão, titulares e suplentes, podem falar por 15 minutos durante a discussão, e um acordo foi fechado para que 40 não membros da comissão possam falar por 10 minutos cada um. A isso se soma o tempo destinado às lideranças dos partidos, mas que deverão falar na ordem da inscrição. Caso todos decidam falar, seriam mais de 40 horas de discursos, mas geralmente o tempo não chega a ser todo usado.

Ainda assim espera-se mais de 20 horas de sessão, que continuariam na quinta-feira (13). A votação deve ocorrer na quinta-feira assim que todos os inscritos tiverem falado, ou na sexta-feira pela manhã. Após a discussão, relator e defesa terão 20 minutos cada para apresentar suas posições. Ainda haverá encaminhamento de votação, feito por dois deputados para cada lado, e, então, a votação propriamente dita.

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