Quinta-Feira, 06 de março de 2025

Postado às 17h45 | 14 Set 2017 | Redação Rodrigo Janot denúncia o presidente Michel Temer por organização criminosa

Seis integrantes do chamado "quadrilhão" do PMDB da Câmara também foram denunciados por Janot: Temer, Eliseu Padilha, Geddel Vieira, Eduardo Cunha, Moreira Franco e Henrique Alves. Ainda foram denunciado pela PGR os executivos da JBS Joesley e Saud

Crédito da foto: Reprodução Presidente Michel Temer foi acusado em delação de Joealey Batista, que está preso

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou o presidente Michel Temer (PMD), pela segunda vez, neste quinta-feira (14). Temer será acusado dos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça em documento com 200 páginas a ser apresentado até o fim da tarde desta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A denúncia da PGR tem como base as delações de executivos da JBS e do corretor de valores Lúcio Funaro, considerado operador do PMDB nos esquemas de corrupção. Essa é a segunda denúncia a ser oferecida por Janot contra o presidente. A anterior, por corrupção, feita a partir das delações de executivos da J&F, foi rejeitada pelos aliados de Temer na Câmara.

O  crime de organização criminosa foi atribuído ao presidente por sua atuação no chamado “quadrilhão” do PMDB na Câmara. Temer nega todas as acusações e alega sofrer perseguição política do procurador-geral da República. Ontem o Supremo rejeitou, por unanimidade, o pedido de suspeição de Janot apresentado pela defesa do presidente.

Os seis integrantes do chamado "quadrilhão" do PMDB da Câmara foram denunciados por Janot: Temer; Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, e Moreira Franco, ministro da Secretaria Geral da Presidência; o ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência Geddel Vieira Lima; e os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), o "deputado da mala", também foi denunciado pelo procurador-geral.

Os executivos Joesley Batista, dono do grupo J&F, e Ricardo Saud, diretor de relações institucionais, também foram denunciados, pelo crime de obstrução de justiça, no episódio em que supostamente tentaram comprar o silêncio de Cunha e do doleiro Lúcio Funaro, operador de esquemas do PMDB da Câmara. Antes abarcados pela imunidade penal, garantida no acordo de delação premiada, os executivos agora terão de responder por seus supostos crimes em razão da rescisão do acordo.

O presidente já foi denunciado uma vez por corrupção passiva, mas a maioria da Câmara votou por barrar o prosseguimento da acusação no Supremo Tribunal Federal (STF). A nova denúncia também deve ser encaminhada à Câmara para que os deputados deliberem pelo prosseguimento ou pelo interrupção da acusação.

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