Vereadora Isolda Dantas propôs audiência pública para debater violência contra a mulher
JORNAL DE FATO
Em 25 de novembro de 1927, a professora Celina Guimarães Viana entrou para a história como a primeira mulher eleitora do Rio Grande do Norte, do Brasil e da América Latina. O pioneirismo marcou a luta da mulher para exercer o direito à cidadania, de votar e ser votada, abrindo caminho para outras bandeiras de lutas.
Os 90 anos da conquistar de Celina Guimarães serão completados no próximo sábado, 25, mas a Câmara Municipal de Mossoró antecipou a homenagem para hoje, quando realizará sessão solene, às 18h, proposta pelo vereador Francisco Carlos (PP). “Vamos homenagear Celini Guimarães e as mulheres que contribuem de forma positiva para a construção de uma Mossoró melhor”, justifica.
Celina Guimarães requereu seu registro eleitoral com base na Lei de No 660, de 25 de outubro de 2927, sancionada pelo governador José Augusto Bezerra de Medeiros. A lei regulamentava o Serviço Eleitoral do Estado do Rio Grande do Norte, estabelecendo não mais haver “distinção de sexo” para o exercício do sufrágio eleitoral e condições de elegibilidade. E foi base nessa lei que Celina requereu a sua inclusão na lista eleitoral, sendo o pedido deferido pelo juiz Israel Ferreira Nunes, então juiz eleitoral, no dia 25 de novembro de 1927.
Apta a votar, Celina exerceu esse direito no dia 25 de abril de 1928, nas eleições onde o Dr. José Augusto Bezerra de Medeiros concorria ao cargo de senador, na vaga deixada por Juvenal Lamartine, que havia sido eleito para o governo do Estado do Rio Grande do Norte. Outras oito mulheres participaram do pleito, entre elas as senhoras Beatriz Leite Morais e Elisa da Rocha Gurgel.
O JORNAL DE FATO, em sua edição do próximo sábado, trará material especial sobre os 90 anos do registro eleitoral da primeira eleitora de Mossoró, do RN, Brasil e da América Latina.
AUDIÊNCIA
Também hoje a Câmara Municipal realiza audiência pública para debater a violência contra a mulher. A proposição é da vereadora Isolda Dantas (PT).
O debate tem por finalidade buscar soluções para combater o número crescente de casos de violência contra a mulher em Mossoró. “Mulheres estão sendo agredidas em nossa cidade e não podemos permitir que esses casos aumentem”, justifica.
O quadro é bem grave no Rio Grande do Norte. Segundo relatório do OBVIO, entidade que acompanha os índices da violência no Estado, entre janeiro e novembro foram registrados 140 assassinatos de mulheres no RN. O número é 48,5% maior do que o mesmo período do ano passado.
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