Deputada federal Zenaide Maia será candidata ao Senado Federal em 2018
BLOG DO CÉSAR SANTOS
Das três cadeiras do Rio Grande do Norte no Senado Federal, duas estarão em disputa nas eleições de 2018. Seus ocupantes, Garibaldi Filho (MDB) e José Agripino Maia (DEM), sonham com a reeleição, mas eles têm situações diferentes.
Garibaldi, que já disse que tentará renovar o mandato – provavelmente, a sua última disputa eleitoral –, terá boas condições para fazer campanha, embora o seu grupo político-familiar esteja mergulhado em profunda crise, com a prisão do líder, ex-deputado e ex-ministro Henrique Alves.
No entanto, como o seu nome não aparece na lista da Lava Jato nem sofre investigação, Garibaldi acredita que reúne as condições de pedir mais um mandato ao povo do Rio Grande do Norte. Ele tem andado bastante pelo estado, participando de eventos e reuniões e afirmando que será candidato em 2018.
Já José Agripino tem situação inversa e bastante delicada. Réu em três processos no Supremo Tribunal Federal (STF), dois deles referentes à operação Lava Jato, o líder democrata sofre com a impopularidade. Recentemente, foi vaiado em cidades controladas por seu partido, como Martins e Pau dos Ferros, na região do Alto Oeste, numa prova de que a população está insatisfeita com seu mandato.
Existe a possibilidade de Agripino desistir do Senado, se as pesquisas apontarem que ele não terá chance de renovação do mandato, e partir para a disputa à Câmara dos Deputados. Nesse caso, o seu filho, deputado Felipe Maia (DEM), não seria candidato. O senador, porém, não admite falar sobre o assunto, mas também não confirma que tentará reeleição.
É na dificuldade de José Agripino que a deputada de primeiro mandato Zenaide Maia (PR) “cava” espaço para concorrer ao Senado Federal. A sua candidatura é dada como certa, uma vez que ela vai abrir a vaga na Câmara para o seu irmão João Maia (PR), que deseja voltar a atuar em Brasília (DF).
Zenaide, que se elegeu em 2014 no palanque de Henrique Alves, candidato a governador derrotado, se afastou dos grupos tradicionais para se amparar no discurso do “novo” e contra a “velha política”. Também se aproximou de partidos de esquerda, defendeu o governo da presidente cassada Dilma Rousseff (PT) e faz oposição cerrada ao governo do presidente Michel Temer (MDB).
A republicana deverá trocar de partido na “janela” eleitoral para compor chapa com o PT da senadora e provável candidata a governadora Fátima Bezerra.
Tags:
