Um dos alvos da 49ª fase da Operação Lava Jato é o ex-deputado federal Antônio Delfim Netto. Ele é suspeito de receber 10% dos valores que as empresas teriam pago para serem beneficiados pelo contrato. Os outros 90% seriam divididos entre PMDB e PT.
A Operação Buona Fortuna deflagrada nesta sexta-feira, 9, pela Polícia Federal cumpre nove mandados de busca e apreensão nos estados do Paraná e de São Paulo - quatro de busca e apreensão em Curitiba, um de busca e apreensão no Guarujá (SP), um de busca e apreensão em Jundiaí (SP) e três de busca e apreensão em São Paulo.
O nome do ex-ministro apareceu nas investigações da Lava Jato na delação premiada do ex-executivo da Andrade Gutierrez Flávio Barra. O delator disse à Procuradoria-Geral da República (PGR) que pagou R$ 15 milhões de propina a Netto, em 2010.
O dinheiro, de acordo com Barra, foi uma gratificação por ele ter ajudado a montar consórcios de empresas que disputaram licitações para obras da Usina Belo Monte.
As investigações feitas até agora identificaram práticas semelhantes às de outras fases da Operação Lava Jato, que consistiam no pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos e políticos por parte de consórcio de empreiteiras diretamente interessado nos contratos de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Os mandados judiciais foram expedidos pelo juízo titular da 13ª Vara Federal de Curitiba.
Uma entrevista coletiva, com maiores esclarecimentos sobre a operação, será dada às 10h, no auditório da PF na capital paranaense, por representantes da Polícia Federal, do Ministério Público e da Receita Federal.
Com informações da Agência Brasil e G1
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