A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira, 27, assessores do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, na investigação que apura supostas candidaturas de laranjas do PSL em Minas Gerais.
Em Brasília, a PF prendeu Mateus Von Randon, assessor especial do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Randon teve prisão temporária autorizada pela Justiça. Em Minas, foram presos dois ex-assessores do ministro: Roberto Soares da Silva, o Robertinho, e Haissander Souza de Paula.
De acordo com as investigações da PF, Roberto Silva Soares é o atual primeiro-secretário do diretório do PSL em Minas e é suspeito de negociar devoluções de quantias pelas candidatas suspeitas.
Desde fevereiro, a PF e o Ministério Público Eleitoral investigam o uso de candidatas para desvio de recursos do fundo eleitoral. Promotores veem indícios de fraude em caso de mulheres que receberam volume considerável de dinheiro, mas tiveram poucos votos. A suspeita é que elas não fizeram campanha e combinaram a devolução de recursos ao partido.
A investigação mira pelo menos quatro candidatas laranja. Elas receberam verbas significativas do fundo partidário do PSL, mas conquistaram uma votação muito baixa.
Como surgiram as investigações
O caso veio à tona com uma reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", em fevereiro, que dizia que o atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, direcionou R$ 279 mil a quatro candidatas suspeitas de serem laranjas. Durante as eleições de 2018, ele era o presidente do PSL em Minas.
Uma dessas candidatas, Adriana Maria Moreira Borges, disse ao MP que recebeu uma proposta de Roberto Silva Soares – que foi preso nesta quinta. Segundo ela, Soares afirmou que o partido repassaria a ela R$ 100 mil. Adriana poderia ficar com R$ 10 mil e, em troca, entregaria nove cheques em branco para que fossem usados para pagar despesas de outros candidatos. Adriana disse, no mesmo depoimento, que não aceitou as condições e que acabou recebendo do partido R$ 4 mil.
Com informações do G1, R7 e Folha de S. Paulo
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