BLOG DO CÉSAR SANTOS
Chamou a atenção um post feito pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, sobre a reforma da Previdência. Ele “crava” que os estados devem ficar de fora da reforma, e o Congresso incluirá apenas os municípios.
Henrique escreveu:
“Mesmo distante, mas com conhecimento daquela Casa, não seria surpresa se a reforma da Previdência fosse aprovada apenas com a inclusão dos municípios. Estados governadora proporiam às assembleias. Esperar...”
Henrique conhece bem o Congresso Nacional, onde atuou por quase cinco décadas. Sabe – e tem informações – sobre o que acontece nos corredores da Casa, por tanto, é tem crédito o que ele escreve.
O fato é que deputados e senadores resistem incluir os estados devido a postura dos governadores do Nordeste, que tentam tirar projeto político-eleitoral ao afirmar, de público, que é contra a reforma, mas nos bastidores trabalhando pela inclusão dos estados. Os parlamentares não consideram justo, porque o desgaste fica na conta de deputado e senadores.
Os estados ficando fora, os governadores terão que propor a reforma às Assembleias Legislativas, daí, terão que assumir, de público, que a reforma é necessária e urgentes.
As previdências estaduais estão quebradas, não se sustentam mais, por gravidade, ajudam a afundar as contas públicas.
É o caso do Rio Grande do Norte. Dados do Instituto da Previdências dos Servidores (IPERN) apontam que o “rombo” mensal é de R$ 130 milhões. Ao final do ano, essa conta será de R$ 1,560 bilhão. O impacto nas contas públicas é devastador. Para se ter ideia, o governo conta moedas (LEIA AQUI) para pagar salário do mês, e não tem perspectiva de atualizar as três salariais em aberto (novembro, dezembro e o 13º de 2018).
Mesmo assim, a governadora Fátima Bezerra, por uma estratégia política do PT, faz discurso contra a reforma da Previdência, inclusive, com críticas contundentes contra o governo do presidente Jair Bolsonaro.
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