Sábado, 08 de fevereiro de 2025

Postado às 16h00 | 05 Fev 2020 | Redação Entidades decidem não ir a nova reunião depois de Fátima "furar" com servidores

Reunião marcada para esta quarta-feira, 5, não ocorreu devido a ausência de representantes do Fórum Estadual de Servidores. Na segunda-feira, 3, para evitar os servidores, a governadora Fátima Bezerra não compareceu a Assembleia para fazer leitura

Crédito da foto: Marcos Garcia/JORNAL DE FATO Janeayre Souto é presidente do Sinsp-RN

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A governadora Fátima Bezerra (PT) evitou os servidores na Assembleia Legislativa, não comparecendo para a leitura da mensagem anual, na segunda-feira (3); e os servidores decidiram evitar o governo nesta quarta-feira (5), não comparecendo a reunião convocada pelo chefe de gabinete do governo, Raimundo Alves, para tratar sobre a reforma da Previdência.

O Fórum Estadual de Servidores decidiram por realizar uma reunião na sede do Sindicato dos Policiais Civis (SINPOL-RN) e conceder coletiva à imprensa para falar sobre o movimento de resistência à reforma da Previdência e a luta pelo pagamento dos salários atrasados.

Para os sindicalistas, se um dia houve “lua-de-mel” com o governo Fátima Bezerra, essa relação está interrompida. As entidades sindicais acusam a governadora de trair a sua história de luta em defesa dos trabalhadores ao “impor” uma reforma que “vai tirar direitos dos servidores públicos estaduais”.

A presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Direta, Janeayre Souto, afirmou que as categorias não vão negociar o inegociável. “Não aceitamos a PEC da morte”, afirmou, referindo-se a proposta que a governadora Fátima encaminhará à Assembleia Legislativa para reforma o sistema previdenciário estadual.

A proposta apresentada pelo governo Fátima tem pontos mais duros do que a reforma da Previdência nacional, segundo os sindicalistas. É o caso das alíquotas que sobem para 12% e vão até 18,5%, além de taxar servidores inativos que atualmente não isentos de contribuição.

 As taxas variam de 12% a 18,5%, com isenção para inativos que recebem até R$ 2.500,00. Atualmente, a isenção beneficia inativos que recebem até o teto da previdência da União, que é de R$ 6.101,05.

Os servidores paralisaram as atividades por 48 horas no início da semana. Montaram tenda em frente ao Palácio José Augusto, sede da Assembleia Legislativa, mas a governadora Fátima não apareceu. A “fuga” piorou a situação e criou clima de revolta entre servidores e sindicalistas.

NOVEMBRO

Para amenizar a crise no governo, Fátima Bezerra usou as redes sociais hoje para anunciar que no dia 15 deste mês pagará o restante da folha salarial de novembro de 2018. Na verdade, “requentou” o anúncio que ela mesma fez no final de 2019.

Ainda não receberam novembro de 2018 os servidores que ganham acima de R$ 5 mil. O Governo precisa de R$ 80 milhões para honrar esse compromisso. O dinheiro está garantido pela operação de crédito junto ao banco Daycovan, de São Paulo. O governo deu a receita dos royalties de petróleo e gás, de 2020 a 2022, de garantia.

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