Fátima Bezerra encaminha a PEC da reforma da Previdência à Assembleia Legislativa nesta quinta-feira, 13, com redução da alíquota dos servidores de maiores salários como juízes, promotores, auditores fiscais e delegados civis. Veja a íntegra da PEC
A governadora Fátima Bezerra (PT), por meio de sua assessoria de comunicação e da notícia remunerada (em forma de opinião), propaga que baixou o teto da alíquota na proposta de reforma da Previdência, como se fosse um benefício aos servidores públicos. Só não diz, e aí a propaganda oficial não tem compromisso com a verdade, que a redução atendeu a elite do funcionalismo público estadual.
E só.
Veja quem estava na mesa de negociação com a equipe econômica do governo: dirigentes de associações de juízes, promotores, delegados da Polícia Civil, auditores fiscais. Categorias que ganham os maiores salários no Estado.
São essas categorias, que ditam o ritmo do governo. Elas sempre conseguem “convencer” conforme os seus interesses. Desde sempre, e não só agora, admita-se. No momento, elas “convenceram” Fátima Bezerra que era melhor baixar o teto, para manter a boa relação entre os Poderes e segmentos de alto coturno.
E quanto aos servidores de menores salários?
A proposta permanece a mesma, com a menor alíquota em 12%. Pior ainda: inativos que passaram toda a vida laboral contribuindo com a Previdência estadual, vão voltar a contribuir, os que ganham a partir de R$ 2.500,01.
A reforma da Previdência estadual inverte a ordem, ou seja, castiga os pequenos para preservar os grandes. Uma espécie de Robin Hood às avessas. Se comparar com a reforma da Previdência nacional, essa observação fica bem exposta. Veja:
A reforma da Previdência nacional taxa os trabalhadores a partir de 7,5%, atenuando o peso para quem ganha pouco; e vai até 22%, exigindo maior contribuição dos que tem grande remuneração.
A Previdência estadual, proposto por Fátima Bezerra, começa taxando o servidor público em 12%, um peso enorme para quem ganha pouco; e vai até 16%, suavizando o desconto dos que têm maiores salários no Estado.
E mais: inativos que ganham a partir de R$ 2.500,0l passarão a contribuir com alíquotas de 12%, 14% e 16%. Atualmente, os inativos não são obrigados a contribuir. Vale lembrar que os servidores aposentados passaram toda a vida laboral recolhendo aos cofres da Previdência estadual.
A governadora Fátima se negou a negociar com o Fórum Estadual de Servidores, que é formado por sindicatos – em sua maioria – que representam os servidores que ganham menos, contrariando a sua própria história política, que foi toda ela construída com a bandeira de luta dos trabalhadores assalariados.
Dessa forma, o Fórum transfere a luta para a Assembleia Legislativa, onde a PEC da reforma da Previdência vai tramitar a partir da próxima semana. Os servidores acreditam ser possível negociar com os deputados para atenuar pontos que cruciais ao funcionalismo público.
A governadora Fátima encaminhou a PEC da reforma da Previdência ao Legislativo nesta quinta-feira (13). Veja a íntegra clicando AQUI
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