Por César Santos - JORNAL DE FATO
A “janela partidária”, fechada neste sábado, 4, estabeleceu nova composição de partidos no plenário da Câmara de Mossoró e, também, ofereceu uma nova leitura com relação à sucessão municipal 2020. O primeiro ponto, fato concreto, os 21 vereadores estão devidamente acomodados nas siglas pelas quais tentarão reeleição; o segundo ponto oferece conjecturas sobre a disputa pela Prefeitura.
A Câmara que iniciou a atual legislatura, em 2017, com 16 partidos representados, agora tem 11 legendas no plenário. Destaque para o Progressistas (PP) que subiu de um para oito vereadores. Depois vem o PSDB, PSD e DEM, ambos com dois representantes, seguidos por MDB, Pros, PV, PT, REDE, PL e PRB.
Desapareceram do legislativo mossoroense: PMB, PC do B, PRTB, PTC, PMN e Avante.
A nova composição na Câmara leva em conta mudanças de regras na disputa proporcional. O PP ficou com oito vereadores como uma espécie de “chapão”, substituindo a distribuição em partidos pequenos, como acontecia no passado, exatamente porque não existe mais a coligação proporcional.
Vamos voltar às eleições passadas para melhor entendimento. Em 2016, quando era permitida a coligação proporcional, o então prefeito Silveira Júnior distribuiu os candidatos de sua base política em 13 partidos, o que proporcionou a eleição de 16 vereadores em 13 partidos diferentes. A sopa de letrinhas tinha do inexpressivo PPL ao emergente PSD.
Agora será diferente. A concentração de candidato será por siglas e não por coligação, daí, os partidos melhores estruturados terão maiores chances de eleger seus vereadores. A corrida pelo PP foi o caminho natural daqueles que formam a base de sustentação política do governo na Câmara Municipal.
Sobre a disputa majoritária, coube ao vereador oposicionista Ozaniel Mesquita oferecer melhor leitura. Ao deixar o PL para se filiar ao DEM, ele disse que estava mudando de partido para continuar na oposição, sugerindo, por gravidade, que os liberais irão desembarcar na base de apoio à prefeita Rosalba.
O presidente do PL, Jorge do Rosário, retrucou ao afirmar que está fortalecendo o partido, ao receber o vereador governista Rondinelli Carlos, para viabilizar o seu projeto majoritário, que é disputar a Prefeitura. Não há como questionar a palavra de Jorge, mas não impede que o cenário sugira uma composição de PL e PP na chapa majoritária. No entanto, essa é uma discussão que será transferida para o período das convenções.
Portanto, temos novo cenário das eleições municipais, que pode ser confirmado ou não no momento das definições.
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