O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (SINTE-RN) fez acordo com o Governo do Estado para a categoria receber o novo piso salarial do Magistério “fatiado”. Como a pandemia do novo coronavírus levou ao isolamento social, os professores estão dentro de casa, sem mobilização, por isso, não foram ouvidos pelo sindicato.
A proposta acatada pelo Sinte-RN permitirá o governo concluir o reajuste salarial de 12,84% e retroativos em dezembro 2021. Os professores já haviam dito “não” a proposta parecida e iniciado greve por tempo indeterminado no dia 5 de março. Não sabe, ainda, se o Sinte-RN vai homologar o acordo sem colocar a proposta em votação em assembleia, devido a quarentena.
O pagamento será parcelado da seguinte forma:
- 3% no mês de junho;
- 3% em outubro;
- 6.36% em dezembro.
As três parcelas totalizam o acumulado de 12,84%.
Já o pagamento do retroativo será feito em 11 parcelas com início em 2021. De acordo com a proposta, 40% do retroativo será pago em seis parcelas iguais, de fevereiro a julho, e os 60% restantes serão pagos, também, em cinco parcelas iguais, de agosto a dezembro.
Como no próximo ano não haverá reajuste do piso salarial do Magistério, levando em conta que o projeto de ajuda a estados e municípios, 125 bilhões de reais, congela os salários por 18 meses, os professores ficam bastante castigados.
NOTA DO BLOG: O Sinte-RN se transformou em “puxadinho” do governo Fátima Bezerra. A entidade aceitou a oferta de cargos, ficando com o comando das 16 Diretorias Regionais de Educação (DIRECs), oferecendo, em contrapartida, o apoio ao governo, em detrimento dos interesses e defesa da categoria. O acordo entre o Sinte-RN e o governo, em plena quarentena da Covid-19, é um castigo ao professor da rede estadual de ensino.
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