Mais de 12 mil eleitores, entre professores, alunos e técnicos-administrativos devem participar da consulta via internet. Cinco candidatos concorrem ao cargo de reitor: Jean Berg, Rodrigo Code, Josivan Barbosa, Ludimilla Oliveira e Rodrigo Sérgio
Em um cenário atípico, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) realiza nesta segunda-feira, 15, das 8h às 19h59, consulta à comunidade acadêmica para escolha da lista tríplice que definirá o próximo reitor (a) da instituição. Diante da impossibilidade de o pleito ocorrer de forma presencial, em razão da pandemia da Covid-19, os mais de 12 mil discentes, professores e técnicos administrativos aptos a votar utilizarão um sistema on-line.
A votação ocorrer por meio do SIGEleição, sistema desenvolvido com objetivo de reduzir os esforços financeiros, logístico e humano necessários em qualquer processo eleitoral.
Cinco professores doutores estão na disputa pela Reitoria da Ufersa: Jean Berg Alves da Silva (número 71); Josivan Barbosa Menezes Feitoza (número 74); Ludimilla Carvalho Serafim de Oliveira (número 73); Rodrigo Nogueira de Codes (número 70) e Rodrigo Sérgio Ferreira de Moura (72).
Os três mais votados formarão a lista tríplice que será encaminhada ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a quem compete à nomeação do próximo reitor (a). A legislação não determina que o primeiro lugar da lista seja o escolhido pelo presidente, apesar de ser uma tradição que vinha sendo respeitada em governos anteriores.
VEJA O QUE PENSAM OS CINCO CANDIDATOS:
Jean Berg - número 71
“A Universidade pública, gratuita e de qualidade é o nosso compromisso no Rio Grande do Norte e no semiárido. Os saberes compartilhados e construídos aqui na nossa Ufersa atingiram patamares relevantes. Mas não é o suficiente. Precisamos de mais. Mais investimentos, mais estratégias, maior comunicação, mais inovação.
Estes e outros elementos que perpassam nosso Plano de Gestão podem engrandecer o sentido de pertencimento que todos nós temos e queremos ter cada vez mais pela nossa Instituição. Queremos ter cada vez mais orgulho de ser Ufersa. E o conhecimento produzido aqui não pode ficar dentro dos muros da Universidade.
O fazer universitário preconiza a integração com a comunidade. Devemos aprender e reconstruir com base nesta integração. Para que possamos dar um passo além, um caminho é o diálogo”.
Josivan Barbosa - número 74
“A instituição, depois de oito anos daquele projeto que nós idealizamos em 2005, ela apresenta hoje várias lacunas, vários vácuos, que é característica de uma instituição que está dando os seus primeiros passos, afinal uma universidade com 15 anos é muito nova.
Esses vácuos nós precisamos preencher, o momento é delicado, e precisamos, principalmente, restabelecer os recursos de investimento e também conseguir preencher a necessidade de servidores técnicos administrativos, principalmente nos campus, pois a situação é bem delicada hoje.
Esses são os dois pontos principais que nós esperamos avançar, é um grande desafio, é o foco da colocação do nosso nome nesse momento”.
Ludimilla Serafim - número 73
“Ainda é muito cedo pra dizer o que está certo, o que pode continuar, aquilo que pode ser melhorado. Não é questão de não caminhar junto, acredito que toda e qualquer alternativa caminha junto porque quem fica no processo vai trabalhar para todas as pessoas.
Nós não podemos pensar a universidade de maneira distinta, com grupos distintos. Nós temos que pensar que todo e qualquer grupo, qualquer equipe que se coloque vai colocar uma alternativa, é nessa perspectiva que nós estamos pensando, até porque o nosso viés é pensar universidade de maneira democrática, o caminho mesmo é de fazer diálogo, de pensar a universidade, está na hora de pensar a universidade e não pensar as pessoas.
Quando você pensa pessoas, você deixa de pensar a universidade, e nós temos que pensar a universidade”.
Rodrigo Codes - número 70
“Existe a questão da continuidade, mas ao mesmo tempo é uma nova gestão. Nós estamos num processo de avaliação dos pontos positivos ao longo da gestão, principalmente da segunda, que foi a que eu fiz parte, mas ao mesmo tempo avaliamos os pontos que a gente pretende inovar e colocar como proposta de uma nova gestão pra nossa universidade. Nós partimos de princípios e fundamentos.
O primeiro deles é na defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade, inclusiva, plural e com inserção social, esse é um ponto fundamental. Segundo momento: em defesa da autonomia universitária.
Acho que é importante a gente colocar a partir desses princípios. E nós pretendemos, evidentemente, realizar uma gestão com planejamento estratégico e com muita responsabilidade na gestão do orçamento das finanças”.
Rodrigo Sérgio - número 72
“A universidade tem que ter investimento, agora nós precisamos nesse novo momento fazer, apesar da nossa universidade tem conseguido sempre executar o orçamento de forma adequada e ser reconhecido pelos próprios relatórios da própria CGU, TCU, precisamos dar talvez uma melhor qualidade, fazer uma avaliação do gasto público, para que se reverta em mais benefício pra sociedade, e buscar apoio, inclusive no governo atual, para que possamos difundir mais desenvolvimento tecnológico, a interação com as empresas.
Há uma cobrança muito grande atualmente que a universidade forme alunos, mas também tenha índice de sucesso de empregabilidade, e é importante que esse aluno esteja em contato com a sociedade, com as empresas”.
Tags: