O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator de inquérito que apura atos antidemocráticos, afirmou que os indícios apresentados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) apontam para “real possibilidade” da existência de uma associação criminosa.
A decisão do ministro, de 27 de maio, resultou em operação de 26 mandados e na quebra de sigilos bancário, fiscal e telemático (de comunicações) de 11 parlamentares federais aliados ao presidente Jair Bolsonaro, também a pedido da PGR.
O ministro cita provas apresentadas pela PGR dando conta de uma “rede estruturada de comunicação virtual voltada tanto à sectarização da política quanto à desestabilização do regime democrático para auferir ganhos econômicos diretos e políticos indiretos”, em que se formam complexas relações que, segundo a Procuradoria, denotariam um “alinhamento consciente” entre integrantes dos grupamentos.
Por esses motivos, ao considerar haver elementos de suspeitas, o ministro autorizou a quebra dos sigilos.
Em outro inquérito do qual também é relator, dessa vez sobre as chamadas fake news, o ministro da Suprema Corte também apontou para a possível formação de associação criminosa denominada em depoimentos como “gabinete do ódio”.
Fonte: Agência Reuters
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