Membros do governo e da base de Jair Bolsonaro pedem neste domingo (10) que o Twitter exclua a conta do jornalista Ricardo Noblat. Na madrugada de hoje, o repórter fez uma publicação dizendo que "se Trump optar pelo suicídio, Bolsonaro deveria imitá-lo".
O post de Noblat é a reprodução de um trecho da coluna de Ruy Castro na Folha de S. Paulo, onde o escritor afirma, entre outras coisas, que "enquanto não entregar as chaves da Casa Branca no próximo dia 20, Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos em exercício, continua na posse de seus poderes".
Castro diz também que "Trump é hoje um perdedor ainda com o dedo no gatilho. Se quiser jogar uma bomba no Irã, dispõe dos códigos necessários. A esperança é que esteja tão deprimido que não reúna forças nem para se olhar ao espelho. Pois, se for o caso, Trump teria uma saída capaz de fazer dele um herói, um mártir, um ícone eterno para seus seguidores idiotizados. Matar-se".
Donald Trump foi banido do Twitter na semana passada depois que seus apoiadores invadiram o Congresso americano. "Após uma análise cuidadosa dos tweets recentes do @realDonaldTrump e o contexto deles, suspendemos permanentemente a conta devido ao risco de mais incitamento à violência", publicou a empresa.
Bolsonaristas e membros do governo brasileiro se manifestaram contra a publicação de Noblat e disseram que se a rede social não excluir sua conta, serão "dois pesos e duas medidas". Também criticaram a imprensa e o Supremo Tribunal Federal.
Durante a tarde, o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, afirmou que vai pedir a abertura de inquérito policial para "apurar a conduta" de Noblat e Ruy Castro.
“Alguns jornalistas chegaram ao fundo do poço. Hoje dois deles instigaram dois presidentes da República a suicidar-se. Apenas pessoas insensíveis com a dor das famílias de pessoas que tiraram a própria vida podem fazer isso”, disse pelo Twitter.
Fonte: Congresso em Foco
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