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Postado às 11h15 | 14 Mar 2021 | Redação Jacó: ‘As pautas pró-vida e pela família continuam sendo prioridade pra mim’

Crédito da foto: Reprodução/ALRN Deputado estadual diplomado Jacó Jácome

Por Maricelio Almeida - Repórter do JORNAL DE FATO

O imbróglio envolvendo a cassação do mandato do deputado estadual Sandro Pimentel (PSOL) chega ao fim esta semana, com a posse, já confirmada, do deputado Jacó Jácome (PSD).

Jacó Jácome assume a vaga de Sandro Pimentel após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A mudança acontece depois que o TSE determinou a retotalização dos quocientes eleitorais e partidários sem computar os 19.158 votos obtidos por Sandro Pimentel, implicando na eleição de Jacó Jácome, que obteve 28.864 sufrágios nas eleições de 2018. 

Jacob Helder Guedes de Oliveira Jácome nasceu em Natal, em 29 de janeiro de 1992. Por meio da influência do pai Antônio Jácome, Jacó ingressou cedo para a política e se filiou ao PMN. Disputou a eleição para vereador de Natal em 2012 com apenas 20 anos de idade e foi eleito com 5.942 votos. 

Em 2014, foi candidato a deputado estadual pela primeira vez e conseguiu 28.620 votos que o elegeram como "o deputado mais jovem do RN". Em março de 2016, Jacó se filiou ao PSD e em 2018, candidatou-se à reeleição a deputado estadual e dessa vez não conseguiu êxito, ficando na 1ª suplência com 26.864 votos conquistados. 

A seção “Cafezinho com César Santos” desta semana conversa com o novo deputado, que, entre outros assuntos, fala sobre a sua linha de atuação na Assembleia Legislativa, destacando que focará seu trabalho no social, na saúde e em favor da vida.

Jacó Jácome também destaca que priorizará ações que contribuam com o combate à pandemia no estado. “A primeira coisa é saber que temos que ter uma atuação mais concreta na pandemia. Enviarei emendas para a saúde pública para compra de insumos e vacinas, isso é prioridade”, disse.

O parlamentar também foi questionado sobre as eleições de 2022, sua posição sobre a governadora Fátima Bezerra e a possibilidade do seu pai, Antônio Jácome, participar, como candidato, do pleito do ano que vem. As respostas estão a seguir. Acompanhe.

O senhor considera justa a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE/RN) que cassou o diploma do deputado Sandro Pimentel e a consequente perda do mandato do parlamentar, ratificada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)?

Depois de todo o contraditório, meses de investigação e confirmações por todos os colegiados da Justiça que confirmaram uma decisão, creio que a Justiça agiu, mesmo demorando, mas agiu.

 

Em que momento o senhor decidiu ingressar como parte interessada nesse processo?

Olha, o processo é público, não sou magistrado para comentar, mas quem quiser acesso pode ter através do número 0601627-96.2018.6.20.0000. A decisão de entrar é o caminho natural depois que todo o Brasil tem tido processos semelhantes a esse em caso de cassação por captação ilícita, infringido o art. 30-A da Lei 9.504/97. Não tenho problema algum com o Sandro, quero seu bem e o respeito.

 

O senhor já recebeu o diploma e será empossado na próxima semana. Qual será a linha de atuação do deputado Jacó Jácome?

Minha atuação será tipo um Jacó 2.0, mais maduro, mais experiente e mais motivado. Nosso foco sempre no social, saúde e em favor da vida. No outro mandato fui o único deputado a realizar aulões gratuitos para a população que precisava, e o resultado foi espetacular, vários entraram na faculdade com esse projeto, agora voltarei mais intenso ainda.

Vivemos um momento delicado na saúde pública, em virtude dos reflexos da pandemia do novo coronavírus. Como o senhor pretende contribuir, com o seu mandato, nesse contexto atual, dentro das atribuições de um parlamentar?

A primeira coisa é saber que temos que ter uma atuação mais concreta na pandemia. Enviarei emendas para a saúde pública para compra de insumos e vacinas, isso é prioridade. Iremos contribuir com esclarecimentos, conscientização e principalmente ações, isso não vai faltar.

 

Qual a avaliação do senhor quanto à atuação do Governo do Rio Grande do Norte no combate à pandemia até aqui?

No Rio Grande do Norte, mais de três mil pessoas perderam suas vidas precocemente. Na época não tínhamos vacina, hoje já temos, não é possível mais um dia de demora sequer na compra delas. Junto a isso é preciso leitos para abrigar pessoas que hoje estão nas filas esperando, e nessa parte faltaram, basta dizer que foram fechados 40 leitos na Liga. Isso está errado!

 

O senhor será oposição ou situação ao Governo Fátima Bezerra?

Não cabe agora falar de política, a luta pela vida é suprapartidária. Quando se coloca a pandemia à frente, todas as bandeiras políticas devem ser esquecidas, eu não me furtarei a ajudar o Estado nisso.

 

Como será a relação do deputado Jacó com o presidente da Assembleia, deputado Ezequiel Ferreira?

Nós nos conhecemos melhor em 2014, na ocasião de sua eleição para presidente. De lá para cá a amizade permanece a mesma.

 

O senhor assumirá uma cadeira na Assembleia faltando pouco mais de um ano para o início do processo eleitoral de 2022. O senhor e o seu partido já trabalham visando a disputa à reeleição?

O tempo dirá, hoje o foco é no mandato.

 

O senhor retorna à Assembleia em um contexto totalmente diferente de anos atrás, inclusive com sessões sendo realizadas remotamente ou de forma híbrida. O senhor tem acompanhado, mesmo que à distância, o trabalho dos parlamentares estaduais nesse cenário atual?

Eu tenho visto algumas coisas, confesso que pouca. Mas a bandeira da vida e da atuação da bancada evangélica precisa melhorar. As pautas pró-vida e pela família continuam sendo prioridade pra mim, já que temos uma discussão permanente no Brasil sobre isso.

 

O senhor falou que a atuação da bancada evangélica precisa melhorar. Em que sentido? O que pode ser melhorado?

A combatividade precisa aumentar, percebo que alguns que se dizem evangélicos estão silentes, não podemos nos calar senão até as pedras clamarão.

 

O seu pai, o ex-vereador, ex-deputado estadual, ex-vice-governador e ex-deputado federal Antônio Jácome não obteve êxito na disputa ao Senado em 2018. O senhor acredita que ele estará presente, como candidato, no pleito de 2022?

Ele saiu de 2018 com mais de 300 mil votos, um candidato sem grandes estruturas, isso mostrou seu potencial eleitoral, além disso por 28 anos ele disputou eleições e teve êxito, então sua atuação política é relevante e merece atenção especial.

 

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