Domingo, 02 de fevereiro de 2025

Postado às 09h45 | 30 Jun 2021 | Redação Vereadora denuncia perseguição contra servidores públicos da saúde de Mossoró

De acordo com a vereadora Marleide Cunha, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) já tomou conhecimento do caso e adotará todas as medidas cabíveis para defender os profissionais. A perseguição apontada é política

Crédito da foto: Arquivo Vereadora Marleide Cunha, do PT de Mossoró

Por Maricelio Almeida / Repórter do JORNAL DE FATO

A vereadora Marleide Cunha (PT) afirmou, em pronunciamento realizado na sessão ordinária desta terça-feira, 29, que servidores estão sendo perseguidos em equipamentos da Prefeitura de Mossoró, em particular no setor da Saúde. De acordo com a parlamentar, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) já tomou conhecimento do caso e adotará todas as medidas cabíveis para defender os profissionais.  

“Nós ainda não começamos, mas vamos sim defender com firmeza essa categoria que vem sendo perseguida”, destacou Marleide, que durante a sua fala reconheceu que existem servidores comissionados que sabem agregar, porém registrou a presença daqueles que, ao invés do diálogo, preferem a intimidação.

Segundo Marleide, os próprios servidores, mesmo sob ameaça da direção, se dispõem em ir até a Secretaria de Saúde conversar com a titular da pasta, explicar a situação e resolver os problemas da unidade. “É uma equipe preocupada em resolver o problema e nunca teve problema com gestão anterior, nenhuma reclamação. Hoje é que tem essa situação”, acrescentou. 

A parlamentar relatou ainda que servidor público efetivo não é peça de xadrez para ser removido na hora que o diretor, secretário ou prefeito quer. “Há comissionados que não sabem trabalhar em equipe. Tem outros que chegam e pegam tudo errado, e conseguem organizar”, acrescenta, pontuando que há denúncias apontando para a remoção, em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), de três servidores sem nenhum ato administrativo que comprove a motivação. 

“Quando eu fui à UBS fui conversar com a diretoria, como já fiz no começo. Agora, em redes sociais, foi criado um circo e eu não tenho tempo para isso. O que eu quero é que o servidor retirado tenha um ato administrativo”, pediu mais uma vez a parlamentar. Ela nega que tenha pedido a saída de diretor e que sua intenção é só resolver o problema para acabar com a perseguição no município de Mossoró.

Não é a primeira vez que vereadores da oposição saem em defesa dos servidores municipais. Recentemente, o vereador professor Francisco Carlos (PP) relatou que estava sendo procurado por muitos servidores da Prefeitura com queixa de perseguição política e que não tem como ficar calado diante dessa situação.

“Eles dão conta de muitos problemas, de diversas ordens, desde cortes de gratificações a transferências injustificadas. Isso não parece ser algo comum. Acontece em várias áreas da administração municipal. E essas dificuldades e questões precisam ser discutidas junto dos servidores municipais.”, afirmou. 

Francisco Carlos ainda lembrou que esses servidores são os principais responsáveis pela oferta dos serviços básicos junto à população e que por isso eles merecem total respeito, atenção e dignidade. “Nós damos voz a quem está precisando e querendo voz para que seus problemas, demandas e dificuldades sejam apresentados. Não é possível fazer gestão pública sem a colaboração dos servidores municipais que estão na base e fazem os serviços chegarem à população mossoroense.”, destacou.

Boa parte das denúncias se concentra na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Santo Antônio. Informações de bastidores colocam em evidência o nome de Francisca Nilza Batista, conhecida como “Branca”. Ela é sogra do vice-prefeito, Fernandinho das Padarias (PSD) e chegou a dirigir o equipamento no início do ano, respondendo agora como gerente executiva da Secretaria Municipal de Saúde, atuando no setor administrativo.

Na gestão do ex-governador Robinson Faria (PSD), Fernandinho tentou emplacar Branca na direção-geral do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), mas a indicação foi rejeitada dentro do próprio hospital e por correligionários da época, como o ex-prefeito Silveira Júnior.

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