Por CNN Brasil
Após o dia movimentado pelas manifestações pró e contra governo no 7 de Setembro, as peças do tabuleiro político movimentaram-se já visualizando a corrida eleitoral em 2022. Segundo o analista político da CNN Caio Junqueira, líderes do Centrão se movimentam para, possivelmente, enfraquecer Jair Bolsonaro (sem partido) e abrir caminhos para a terceira via em uma provável disputa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para tal feito, o processo de impeachment pode não ser o cenário ideal para alguns personagens da política, analisa Caio Junqueira. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, está com o mapa dos cargos do país inteiro nas mãos. Para Junqueira, a meta tanto de Arthur Lira quanto de Ciro Nogueira é ter acesso às chaves do cofre com o mapeamento dos cargos.
Aos líderes do centrão, interessa muito mais um Jair Bolsonaro fragilizado, sangrando e caminhando para 2022 com índice de rejeição alto, perdendo para Lula nas pesquisas. Mas, ainda mostrando uma certa competitividade, do que a incerteza do impeachment, que colocará um general no Palácio do Planalto, analisa Caio.
Por trás dos movimentos de impeachment, deve-se analisar as reais intenções, avalia Caio Junqueira. Para ele, hoje vimos muitos movimentos de partidos de centro começarem a falar sobre o tema; a estratégia política deles é tirar Bolsonaro para que surja uma terceira via à direita, capaz de derrotar o ex-presidente Lula.
Desta forma, o centrão se divide sobre o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
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