A Mesa da Câmara acatou nesta quinta-feira decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou o mandato do deputado Boca Aberta (PROS-PR). Com a decisão do comando da Casa, o parlamentar perdeu definitivamente o mandato parlamentar.
No dia 24 de agosto, Boca Aberta teve o diploma de deputado cassado pelo tribunal. A Corte o considerou inelegível por ter sido condenado por quebra de decoro parlamentar pela Câmara de Vereadores de Londrina, em 2017. A punição rendeu o enquadramento na Lei da Ficha Limpa, que torna o político inelegível por oito anos a partir de casos como esse.
Na quarta-feira, no último ato como deputado federal, Boca Aberta perdeu a compostura e partiu para cima do relator do seu caso no Conselho de Ética da Câmara, Alexandre Leite (DEM-SP). No colegiado, ele era alvo de representação por tentar agredir e xingar servidores.
Ao GLOBO, o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), confirmou a decisão que cassou o mandato. Também participam do órgão o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), André de Paula (PSD-PE), Luciano Bivar (PSL-PE), Marília Arraes (PT-PE), Rose Modesto (PSDB-MS) e Rosângela Gomes (Republicanos-RJ).
Na quarta-feira, Boca Aberta proferiu uma série de xingamentos e perseguiu Alexandre Leite pelos corredores da Casa. Após sessão do colegiado, chamou o relator de “bandido” e “vagabundo”. Além disso, fez acusações contra seus familiares.
Nesta quinta-feira, Alexandre Leite, que relatou o caso no Conselho de Ética, se posicionou.
"A Mesa da Câmara demonstra que respeita o Judiciário, que está alinhada aos valores éticos e morais da sociedade e que repudia comportamentos destemperados. A permanência deste cidadão no Parlamento causaria um dano à imagem do Legislativo, já que não é a primeira vez que incorre em caso de quebra de decoro parlamentar. Ao dar efetivo cumprimento à decisão judicial de desconstituição do diploma e cassação do mandato de deputado federal de Boca Aberta, a Mesa da Câmara respeita e faz justiça aos brasileiros e, principalmente, ao povo paranaense".
Fonte: O Globo
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