Sábado, 01 de fevereiro de 2025

Postado às 09h30 | 06 Out 2021 | Redação Operação Rastilho alcança vereador que leva a imagem do Legislativo junto

Crédito da foto: Edilberto Barros / CMM Vereador Edson Carlos foi liberado após pagar fiança

Por César Santos – JORNAL DE FATO

O vereador Edson Carlos, do Cidadania, ocupou o noticiário policial nesta terça-feira, 5, levando junto à imagem da Câmara Municipal de Mossoró. Ele foi detido pela Operação Rastilho, detonada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Rio Grande do Norte, com apoio de policiais civis da Delegacia Especializada em Narcóticos (DENARC).

A operação visa combater o comércio ilegal de armas de fogo e munições. A ação também cumpriu 11 mandados de prisão e 12 de busca e apreensão em endereços nos municípios de Caraúbas e Paraú.

A ação dos policiais apreendeu armas de fogo e municípios e aparelhos celulares. Os suspeitos foram conduzidos até a delegacia e encaminhados ao sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça.

No endereço do vereador mossoroense, policiais apreenderam uma arma de fogo sem registro. Daí, Edson Carlos foi detido. Ele pagou fiança de R$ 1.500 e foi liberado horas depois da ação, devendo responder a processo em liberdade.

O envolvimento do vereador em caso policial, mesmo ele afirmando ser inocente (veja nota de defesa nesta página), atinge a imagem do Poder Legislativo. No entanto, não houve reação da direção da Casa. O presidente Lawrence Amorim (Solidariedade), que faz parte da mesma bancada de Edson Carlos, optou pelo silêncio. Nenhum membro da Mesa Diretora se manifestou em defesa do colega.

A estratégia da Câmara é tentar, ao máximo, manter o caso policial distante do Palácio Rodolfo Fernandes, embora não tenha como desassociar a imagem de Edson Carlos da Câmara. Ele faz parte da Casa Legislativa, é membro da atual legislatura, inclusive, ele saiu da delegacia direto para a sessão da Câmara. Edson, que se diz inocente, precisa de uma defesa do Legislativo, para não se sentir só no momento em que a opinião pública acompanha o seu envolvimento na Operação Rastilho.

O prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade), que tem Edson Carlos como um dos seus apoiadores na Câmara, também optou pelo silêncio. Nenhuma declaração de público, nem nota oficial emitida. A estratégia é a mesma da Câmara, ou seja, se afastar o máximo possível da imagem de vereador detido.

 

BARRADO

Edson Carlos cumpre o primeiro mandato na Câmara Municipal de Mossoró. Ele foi eleito como o último colocado entre os 23 que compõem a atual legislatura, tendo recebido apenas 924 votos (0,67%).

A Operação Rastilho não é a primeira pauta negativa da Edson Carlos. No primeiro semestre do ano, ele se envolveu em polêmica quando acusou Allyson Bezerra de ter proibido a sua entrada na Prefeitura para participar de reunião com artistas que protestavam na calçada do Palácio da Resistência. O vereador chegou a gravar o vídeo fazendo a acusação e prometendo um pronunciamento no plenário da Câmara, o que não aconteceu.

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