Por César Santos / JORNAL DE FATO
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu retirar a Coligação 100% RN do processo que questiona a candidatura a deputado federal de Kéricles Alves Ribeiro e, por gravidade, reconhece o registro da candidatura tornando válidos os 8.990 votos obtidos por ele. A decisão é assinada pelo ministro Luís Felipe Salomão.
Na prática, significa que o “Caso Kerinho” caminha para ser encerrado respeitando o resultado das eleições 2018, confirmando, dessa forma, a reeleição do deputado federal Beto Rosado (Progressistas). Já o suplente de deputado federal Fernando Mineiro (PT), da Coligação 100% RN, continuará nessa condição se o pleno do TSE confirmar a decisão do ministro Salomão.
Essa notícia tem uma repercussão muito positiva para Mossoró, independentemente da torcida contra ou favor de Beto Rosado. Trata-se de um representante legítimo da cidade, com ação parlamentar voltada, principalmente, para Mossoró.
Essa tese, ou defesa mesmo, se sustenta em números. Veja:
Na Câmara dos Deputados, Beto conseguiu empenhar mais de R$ 70 milhões em obras e serviços para Mossoró. Desse montante, mais de R$ 40 milhões já foram liberados.
Os empenhos e liberação de recursos federais para a cidade, carimbados pelo mandato de Beto, apresentam uma crescente desde o primeiro ano de sua atuação em Brasília. Em 2015, Beto Rosado empenhou em números redondos R$ 332 mil; em 2016, subiu para R$ 8 milhões; em 2017, foram R$ 8,1 milhões; em 2018, subiu para R$ 12 milhões; em 2019, disparou para R$ 18,1 milhões; e em 2020, foram empenhados mais de R$ 25 milhões.
Esses valores empenhados anualmente, seja de emendas ao orçamento da União ou de indicação feita junto aos ministérios do governo federal, representam mais do que o poder de investimento do município com recursos próprios. Nos últimos orçamentos da gestão municipal, a rubrica de investimento pouco passou de R$ 5 milhões. Na ação parlamentar de Beto, apenas o ano de 2015 teve empenho e pagamento abaixo desse valor. Todos os outros anos foram acima de R$ 8 milhões, conforme os números citados acima.
Os mais de R$ 40 milhões já liberados, dos R$ 70 milhões empenhados, bancaram e bancam obras nas áreas de saúde, infraestrutura, educação, cultura e esportes. Nos bairros o cidadão pode acompanhar a construção e restauração das UBSs, pavimentação e calçamento, saneamento, entre outras. As obras são licitadas e executadas pela Prefeitura.
Outras instituições do município também foram contempladas, como a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Hospital Regional Tarcísio Maia, Liga de Combate ao Câncer de Mossoró, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (campus local), Abrigo de Idosos Amantino Câmara, entre outros.
Essas ações que envolvem um montante de R$ 70 milhões empenhados (mais de 50% liberados) são apenas as que beneficiam a cidade de Mossoró. Lógico que o mandato de Beto atende a outros municípios de outras regiões, no entanto, é na sua cidade que ele concentra o maior volume de suas emendas parlamentares.
Por tanto, qual outro parlamentar, de outra região e que até foi bem votado em Mossoró, retribui os votos dos mossoroenses com o mesmo trabalho em prol da cidade? Qual a ação dos outros sete deputados federais do RN para beneficiar Mossoró? Qual a ação dos três senadores do RN que prioriza Mossoró?
Daí, a vitória de Mossoró na decisão do TSE.
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