Arquiteto Arthur Teixeira enfrenta o vereador Gustavo Santiago
Por César Santos – Da Redação
O domingo é de eleição em Guamaré, na chamada região do petróleo potiguar. Os mais de 14 mil eleitores voltarão às urnas, em pleito suplementar, para eleger prefeito e vice-prefeito que governarão o município pelos próximos três anos.
As eleições suplementares acontecem em razão da cassação do prefeito eleito em 2020, Hélio Willamy Miranda da Fonseca (MDB). Ele, que já havia sido reeleito, tentou um terceiro mandato em confronto com a legislação eleitoral. O registro de candidatura foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral e confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Mesmo sem mandato, Hélio continua influente na Prefeitura de Guamaré, uma vez que o seu irmão Eudes Miranda da Fonseca (MDB), que é presidente da Câmara Municipal, assumiu o cargo em exercício. Os dois irmãos, Hélio e Eudes, apostam na chapa formada pelo arquiteto Arthur Teixeira (PSB), candidato a prefeito, e a vereadora Eliane Guedes de Melo Carmo (MDB), candidata à vice-prefeita, para continuarem no poder municipal.
A chapa governista é desafiada pelo vereador de oposição Gustavo Henrique Miranda Santiago, candidato a prefeito. Ele tem como companheiro de chapa o ex-prefeito Mozaniel de Melo Rodrigues. Ambos são filiados ao Solidariedade. A chapa recebeu o apoio do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (Solidariedade).
Hora do voto
O pleito acontecerá das 7h às 17h, sob a presidência da juíza Cristiany Maria de Vasconcelos Batista, titular da 30ª Zona Eleitoral. O horário preferencial dos idosos acima de 60 anos vai até as 10h.
Guamaré conta com 14.532 eleitores aptos ao voto, que deverão seguir todos os protocolos de biossegurança contra a Covid-19, como a utilização de máscara nos locais de votação, distanciamento e higienização das mãos com álcool 70%.
O município de Guamaré terá duas seções eleitorais agregadas (quando há a junção de uma seção eleitoral em uma urna principal) e 11 locais de votação.
Não serão instaladas mesas receptoras de justificativa no dia das Eleições. O eleitor que deixar de votar por não se encontrar no domicílio eleitoral poderá justificar a ausência até 60 dias após o pleito, por meio de requerimento formulado perante a Zona Eleitoral em que se encontrar ou diretamente pelo Sistema Justifica. Para o eleitor que estiver no exterior na data do pleito, o prazo será de 30 dias contados a partir do retorno ao país.
A data da diplomação do prefeito e vice-prefeito eleitos será fixada, por meio de Portaria, pela juíza Cristiany Maria de Vasconcelos Batista, titular da 30ª Zona Eleitoral, com prazo limite de 30 de novembro de 2021. O mandato da chapa vencedora encerra em 31 de dezembro de 2024.
Cidade tem PIB per capta maior que o do Brasil
Rica por natureza e pobre de gestão pública. Assim é vista a cidade de Guamaré. A riqueza vem da produção de petróleo; e a pobreza é consequência de gestões incompetentes e pouco zelosas com o dinheiro público. Nas últimas duas décadas, quase todos os prefeitos foram cassados por desvio de dinheiro público.
A cidade de 15 mil habitantes tem um Produto Interno Bruto (PIB) per capta maior que o do Brasil. Dados oficiais apontam a receita orçamentária da Prefeitura superior a R$ 200 milhões por ano, o que representa cerca de R$ 2 bilhões em uma década, dinheiro suficiente para transformar Guamaré em cidade dos sonhos em todos os aspectos.
A riqueza vem da extração e refino de petróleo. Guamaré tem a refinaria Clara Camarão. Outro ponto importante é o crescimento da energia eólica.
Na lógica, o PIB per capta deve ser dividido pela população. Portanto, quanto maior o PIB, maior a riqueza da população. Mas, não é isso que acontece em Guamaré. Para se ter ideia, em 2016 o PIB per capta chegou a ser de R$ 125 mil, mas em 2018 caiu para R$ 90 mil. Mesmo assim, ainda bem maior do que o PIB do Brasil, que é de pouco mais de R$ 30 mil.
Como as gestões não são boas, a riqueza não é transferida para o bem da população. Guamaré, que proporcionalmente é a cidade mais rica do RN, ocupa apenas a 43ª posição no Índice de Desenvolvimento (IDH) entre os 167 municípios potiguares.
Essa realidade desafiará o prefeito que será eleito neste domingo. É o que se espera. Ou, a cidade continuará rica, mas pobre para se morar.
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