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Postado às 10h00 | 26 Jan 2022 | redação Candidato de Bolsonaro ao Senado no RN pode ser definido em fevereiro

Crédito da foto: Ilustração Ministros Fábio Faria e Rogério Marinho travam disputa no RN

Por César Santos – Da Redação

Quem será o candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Senado da República no Rio Grande do Norte? Rogério Marinho (PL) ou Fábio Faria (de saída do PSD para o Progressistas)?

A resposta pode ser dada em fevereiro, quando Bolsonaro visitará o estado para acompanhar a chegada da transposição do rio São Francisco.

Em Brasília, a informação mais precisa é que o Palácio do Planalto quer que a disputa entre os seus dois ministros potiguares se resolva logo, para que o presidente possa anunciar o seu candidato na visita ao RN, prevista para o dia 9 do próximo mês.

No Rio Grande do Norte, a possibilidade de uma definição até fevereiro é bem reduzida. Os titulares dos ministérios do Desenvolvimento Regional e das Comunicações não acenam para possibilidade de entendimento. Rogério não abre mão do projeto de disputar o Senado, nem Fábio Faria admite recuar de sua pré-candidatura.

O confronto entre os dois bolsonaristas se agravou nos últimos dias, depois de o Correio Braziliense ter noticiado em sua edição de domingo, 23, que Marinho havia desistido para apoiar Fábio. O ministro do Desenvolvimento Regional reagiu à reportagem, classificando como falsa. Em nota, Rogério Marinho rebateu a matéria e reafirmou que a sua pré-candidatura está mantida e fortalecida. Partidários de Marinho desconfiam que foi Fábio que “plantou” a notícia no Correio Braziliense.

Rogério mostra-se mais articulado do que Fábio Faria. Recém-filiado ao Partido Liberal, juntamente com Bolsonaro, Rogério tem apoios importantes no RN como o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB), do prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), do presidente do PL, deputado federal João Maia, e tem a simpatia dos presidentes do Progressistas e Republicanos, deputados federais Beto Rosado e Benes Leocádio.

Já Fábio Faria não teve, até aqui, poder de articulação. Ele enfrenta dificuldades em razão da rejeição popular que sofre ao lado do pai, ex-governador Robinson Faria (PSD), que deixou o Governo do Estado em 2018 com uma rejeição de mais de 80% da opinião pública. Fábio só conseguiu conquistar o apoio do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (Solidariedade), em retribuição ao apoio que ele e Robinson deram para Allyson na campanha eleitoral de 2020.

 

Preocupação

A disputa entre Rogério e Fábio preocupa ao Planalto, uma vez que Bolsonaro fica sem palanque no Rio Grande do Norte. O presidente decidiu não intervir, mas exige que os dois ministros decidam a situação o mais breve possível.

Com a disputa concentrada pela vaga de candidato a senador, a oposição ao governo Fátima Bezerra (PT) perde tempo na construção de um candidato a governador. Até agora, a governadora segue sem adversário, beneficiada pela desarticulação entre os partidos e políticos da oposição.

 

Oposição não tem candidato para enfrentar a governadora

A pouco mais de nove meses das eleições, a oposição ainda não conseguiu construir uma candidatura capaz de enfrentar a governadora Fátima Bezerra (PT). Não há um nome, até aqui, capaz de reunir os partidos e políticos de oposição para formação de uma chapa majoritária.

O deputado federal Benes Leocádio, presidente estadual do Republicanos, até tentou se viabilizar, mas não conseguiu. Ele, inclusive, retirou a pré-candidatura a governador e passou a trabalhar o projeto de reeleição à Câmara.

O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PDT), foi outro que colocou o nome ao governo, mas também anunciou que é pré-candidato a senador. A postura de Carlos não foi levada a sério e ele não consegue formar um grupo.

Carlos Eduardo enfrentou Fátima Bezerra em 2018, sendo derrotado no segundo turno das eleições. Esperava-se que ele assumisse a oposição, mas o ex-prefeito optou por sair de cena, retornando só agora para as eleições 2022.

O Solidariedade lançou a pré-candidatura a governador do ex-prefeito de Olho d’Água do Borges, Brenno Queiroga, mas não é levada a sério pelo eleitor. Ele praticamente não apareceu nas pesquisas eleitorais realizadas até aqui. É a mesma situação do empresário Haroldo Azevedo, que se diz pré-candidato a governador, mas sequer tem uma filiação partidária.

Com a oposição desarticulada e sem um projeto majoritário, a governadora Fátima Bezerra segue rumo à reeleição, sem ser incomodada.

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