Quarta-Feira, 27 de novembro de 2024

Postado às 09h15 | 22 Fev 2022 | REDAÇÃO RN lidera no país ordens judiciais para uso de ferramentas em investigações

Crédito da foto: Ilustração Ação apoia Polícia Civil dos estados em medidas como quebra de sigilos telefônicos

Por Fábio Vale / Repórter do JORNAL DE FATO

O Rio Grande do Norte lidera em todo o país o número de ordens judiciais para o uso de ferramentas tecnológicas em investigações policiais. É o que aponta um balanço divulgado nesta segunda-feira (21), pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

O levantamento mostra o estado potiguar com mais de 470 autorizações para emprego de tecnologias que visam dar celeridade à apuração policial. Esse resultado faz parte do “Projeto Excel”, iniciativa do MJSP em vigor há três anos e que tem como foco o investimento em tecnologia para auxiliar as forças de segurança estaduais no combate ao crime.

Segundo o balanço divulgado ontem pelo MJSP, com 473 medidas, o RN aparece como o estado do país com maior quantidade de ordens judiciais autorizando à Polícia Civil a usar ferramentas que dão agilidade ao trabalho de investigação policial. Em seguida, vem o estado do Paraná, com 471 procedimentos e Pernambuco, com 239. Rio Grande do Sul é citado com o menor número de medidas: duas.

Ainda de acordo com o MJSP, foram mais de 2.350 ordens judiciais desse tipo em todo o Brasil, autorizando o uso dos equipamentos pelas forças policiais de 26 unidades da federação que aderiram formalmente ao Projeto Excel, e um investimento de R$ 18 milhões na aquisição das ferramentas, como software e hardware, e também na capacitação aos servidores na atividade de extração e análise de dados.

O MJSP destacou que essa ação causou R$ 1 bilhão em prejuízo às organizações criminosas e que o montante diz respeito a apreensões de drogas, bens de luxo como helicópteros e iates, além de armas e dinheiro em espécie. Entre as principais investigações estão os crimes de tráfico de drogas, homicídios, roubo (cargas, bancos, carro forte), lavagem de dinheiro, e tráfico de armas, além de investigações relacionadas à pedofilia.

O Ministério detalhou que o uso das ferramentas tecnológicas dar mais celeridade em procedimentos como a extração e análise de celulares apreendidos de envolvidos com o crime organizado e em medidas como quebra de sigilo telemático no âmbito de inquéritos policiais.

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