O número de homicídios de jovens entre 15 e 29 anos caiu 35,2% nos últimos três anos no Rio Grande do Norte, em comparação com o período equivalente da gestão anterior. De 2015 a 2017, foram 3.495 jovens assassinados no estado, contra 2.263 entre 2019 e 2021. Dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) apontam que houve, também, redução dos homicídios de jovens negros.
Se considerado o ano de 2017, quando houve um pico de 1.398 assassinatos e o Rio Grande do Norte figurava no topo do ranking de estados que mais matavam jovens no país, a queda foi de 52,8%, com 659 casos em 2021, menor taxa desde 2015. “Este é o resultado de um esforço conjunto, que envolve políticas públicas eficientes, a integração de todas as forças de segurança pública que atuam no Estado e, principalmente, a abnegação dos policiais e agentes que trabalham diretamente no combate à violência", destacou o coronel Araújo Silva, secretário da Segurança Pública e da Defesa Social.
Para o subsecretário da Juventude do Governo do Estado, Gabriel Medeiros, a violência contra essa parcela da população está relacionada a diversos aspectos sociais. “Aqui no estado, estamos em um momento importante, com redução significativa dos homicídios contra jovens, em especial jovens negros, maiores vítimas da violência no nosso país. O que mostra que os investimentos sociais do Governo do Estado, combatendo as desigualdades e os efeitos da pandemia, são decisivos”, explica Gabriel.
Iniciativas como a Câmara de Monitoramento da Violência Letal Intencional, o Plano Estadual de Segurança Pública e a Nota Técnica sobre Racismo Institucional, no âmbito da Segurança Pública, aliadas a outras ações no campo da geração de renda, como o CredJovem, que oferece qualificação e acesso ao microcrédito para jovens empreendedores, além do RN Aprendiz, que incentiva a contratação e inserção de jovens no mercado de trabalho.
Segundo as informações da Coordenadoria de Informações Estatísticas e Análise Criminal (Coine) da Sesed, os homicídios de jovens negros também caíram 35%, de 3.140 casos nos primeiros três anos da gestão passada para 2.036 no mesmo período do atual Governo. Ainda assim, o assassinato de jovens pretos e pardos continua representando 89% da letalidade juvenil no estado.
“São mortes que têm cara, têm cor, idade e endereço. E que precisam ser encaradas com total prioridade, como política de estado e, também, compromisso de toda a sociedade. O futuro que queremos para a juventude potiguar é oportunidades, sem violência e com a certeza de que suas vidas importam”, conclui a secretária das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Júlia Arruda.
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