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Postado às 09h45 | 11 Mar 2022 | Redação Rio Grande do Norte tem mais de 2.200 jovens assassinados entre 2019 e 2021

Crédito da foto: Arquivo/2020 Perícia em local de assassinato em Mossoró

Por Fábio Vale / Repórter do JORNAL DE FATO

Mais de 2.200 jovens foram assassinados no Rio Grande do Norte entre 2019 e 2021. Os dados publicizidados nesta semana pelo próprio Governo do Estado apontam também uma alegada queda de 35% nesses crimes nos últimos três anos. Os números dão conta ainda de que o assassinato de jovens pretos e pardos continua representando 89% da letalidade juvenil no território potiguar.

Segundo estatísticas divulgadas na última quarta-feira (9), em material publicado pela Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SEMJIDH), de 2015 a 2017, foram 3.495 jovens assassinados no estado, contra 2.263 entre 2019 e 2021. A pasta destacou que o número de homicídios de jovens entre 15 e 29 anos caiu 35,2% nos últimos três anos no RN, atribuindo os dados à Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed).

A SEMJIDH ressaltou que, se considerado o ano de 2017, quando houve um pico de 1.398 assassinatos e o RN figurava no topo do ranking de estados que mais matavam jovens no país, a queda foi de 52,8%, com 659 casos em 2021, menor taxa desde 2015. A secretaria pontou ainda que os homicídios de jovens negros também caíram 35%, de 3.140 casos nos primeiros três anos da gestão passada para 2.036 no mesmo período do atual Governo. “Ainda assim, o assassinato de jovens pretos e pardos continua representando 89% da letalidade juvenil no estado”, detalhou.

Para o Governo do Estado, essa redução no número de mortes pode ser atribuída a fatores como políticas públicas eficientes, a integração de todas as forças de segurança pública que atuam no estado e, principalmente, a abnegação dos policiais e agentes que trabalham diretamente no combate à violência. Além disso, o Estado chamou atenção para alegados investimentos sociais e iniciativas como a Câmara de Monitoramento da Violência Letal Intencional, o Plano Estadual de Segurança Pública e a Nota Técnica sobre Racismo Institucional, e ações no campo da geração de renda.

“São mortes que têm cara, têm cor, idade e endereço. E que precisam ser encaradas com total prioridade, como política de estado e, também, compromisso de toda a sociedade. O futuro que queremos para a juventude potiguar é oportunidades, sem violência e com a certeza de que suas vidas importam”, concluiu a secretária das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Júlia Arruda.

 

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