Por Fábio Vale / Repórter do JORNAL DE FATO
A insegurança rodeia as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), em Mossoró, que sofrem com uma onda de assaltos. Neste mês, pelo menos duas UBSs na cidade já foram alvos de roubos, e no começo de março, outra unidade voltou a ser assaltada pela segunda vez em 2022. O Município diz que trabalha para garantir a segurança nesses locais.
Relatos de servidores e usuários dessas UBSs dão conta de um cenário de medo e sensação de insegurança. O caso mais recente foi registrado na última segunda-feira (16), na unidade localizada na Rua Delfim Moreira, no bairro Abolição II. Na ocasião, similar às outras ocorrências, um homem armado com revólver entrou no prédio, rendeu funcionários e usuários e levou pertences das vítimas.
Ele fugiu, em seguida, com paradeiro incerto, levando dinheiro, joias e celulares. A informação é de que essa não foi a primeira vez que a unidade foi alvo de assalto. No último dia 4, o alvo foi a UBS do bairro Bom Jesus, onde bandidos assaltaram o estabelecimento e levaram pertences das vítimas. O relato é de que a unidade também já teria sido alvo de outros assaltos e que uma área de matagal na localidade contribuiria até para a insegurança no local.
No final de março deste ano, outra UBS na cidade voltou a ser alvo de roubo pela segunda vez em 2022. Na ocasião, o ladrão levou celulares e outros objetos das vítimas na unidade do bairro Abolição IV. A Secretaria de Segurança Pública, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Trânsito (SESDEM) de Mossoró informou, por meio de nota, após solicitação da reportagem nesta semana, que "é realizado um trabalho de vigilância, por meio de rondas diárias, em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município, por parte da Guarda Civil Municipal (GCM)" e adiantou "que está sendo viabilizada a instalação de videomonitoramento em todas as unidades, visando garantir maior segurança aos trabalhadores e usuários do Sistema Único de Saúde em Mossoró".
Em entrevista à Super TV divulgada nesta quarta-feira (18), o comandante da Guarda Civil Municipal (GCM), Thiago Fernandes, disse que no momento não há efetivo suficiente para disponibilizar equipes para todas as UBSs, e que a instituição está tentando ampliar mais viaturas nas ruas para contemplar o maior número de unidades possíveis. Ele disse que atualmente são 283 GCMs e que as equipes se intercalam em rondas periódicas, pois deixar um efetivo fixo nos prédios deixará outros locais públicos desassistidos.
A reportagem solicitou uma posição da Secretaria de Segurança Municipal sobre essa fala, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.
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