Terça-Feira, 26 de novembro de 2024

Postado às 11h15 | 13 Jun 2022 | redação Como se prevenir de roubo/furto de smartphones e o que fazer?

Crédito da foto: Reprodução Roubo de celular

Por Fábio Vale / Repórter do JORNAL DE FATO

Você provavelmente já teve algum aparelho de celular roubado ou furtado, ou, pelo menos, conhece alguém que já foi vítima desse tipo de crime. Em todo o país, essa modalidade criminosa tem se tornado cada vez mais frequente. E na segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, a situação não é diferente. Mesmo sem números oficiais sobre esses casos, são recorrentes os relatos de roubos/furtos de smartphones.

Essa espécie de delito tem sido comumentemente registrada em Mossoró seja em via pública, na calçada de casa, em eventos festivos e até dentro de estabelecimentos. Os casos mais recentes na cidade incluem ocorrências notificadas em eventos relacionados aos festejos juninos que estão em andamento no município até o final deste mês. Uma das vítimas foi um funcionário público de 36 anos e a companheira dele, que pediram para ter as identidades preservadas.

Ele conta que estava participando do tradicional “Pingo da Mei Dia”, no último dia 4, na abertura do Mossoró Cidade Junina 2022, com shows que aconteciam em cima de trios elétricos pelo chamado Corredor Cultural, da Avenida Rio Branco, quando em determinado momento perceberam que tanto o celular dele quanto o da companheira tinha sumido. “Estávamos atrás do trio, quando coloquei a mão no bolso o celular não estava mais lá. Nem o meu e nem o dela que estava dentro de uma bolsa pequena”, contou.

A queixa foi registrada junto à Polícia Civil, que notificou outros casos semelhantes durante o decorrer do evento, mas, sem dados contabilizados até o fechamento desta matéria. Além do furto e roubo de celulares durante eventos festivos, como as festas juninas, mesmo com a segurança reforçada, também há relatos recentes desse tipo de delito em situações diversas. No começo da noite do último dia 6, três adolescentes conversavam em frente a uma residência no bairro Liberdade I, também em Mossoró, quando dois suspeitos em uma moto se aproximaram e levaram um aparelho celular das vítimas.

O assalto foi até filmado por câmera de segurança na localidade. Em outra ocorrência similar registrada no final do mês passado em outro bairro da cidade o alvo dos ladrões de celulares foi duas mulheres que estavam sentadas na calçada da própria casa, localizada no bairro Alto da Conceição. O fato também foi filmado por câmera de segurança e as imagens mostram mãe e filha no local quando dois homens em uma moto se aproximam e levam o smartphone da vítima. Em nenhum desses casos citados ainda não havia, até o fechamento desta matéria, informações sobre prisão de suspeitos e nem de pertences recuperados.

 

Especialistas orientam sobre prevenção de crimes e como agir caso seja vítima

A reportagem consultou sites especializados no assunto para obter informações sobre como se prevenir de roubo/furto de smartphones e o que fazer também em caso de ser vítima desse tipo de delito. Os especialistas na área são unânimes em recomendar redobrar a atenção com o uso do celular em vias públicas e em locais muito aglomerados.

Um dos sites consultados alertou que, conforme os aparelhos ficam mais populares e caros, eles se tornam mais chamativos e despertam a atenção de criminosos. Dentre as dicas de prevenção está ficar próximo do celular o tempo inteiro, evitando deixar ele sobre mesas ou locais próximos; evitar expor o mesmo em ambientes suspeitos; e também cadastrar senhas e códigos de bloqueios de acesso ao aparelho.

“Guarde os detalhes do seu celular. Faça um registro de dados como fabricante, modelo, o PIN e o número IMEI, que são informações importantes até para localizar, bloquear e desativar o equipamento”, detalha um site especializado no assunto. A Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio Grande do Norte (SESED/RN) orienta a adotar medidas preventivas como evitar ficar expondo o aparelho, tanto em locais com aglomeração excessiva quanto em ambientes sem muita movimentação e até mal iluminados; e também a registrar o crime junto às autoridades competentes.

“No caso de furto ou qualquer ocorrência policial, não perca tempo, comunique imediatamente à Delegacia de Polícia mais próxima da área”, recomenda o órgão, orientando a manter guardada a nota fiscal para em caso de recuperação do aparelho poder reavê-lo.

 

Delegacia Virtual

O registro de crime de roubo/furto e até ocorrência de perda de celular podem ser feitos de forma on-line na Delegacia Virtual no site da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Sinesp), do Governo Federal, onde o usuário seleciona o estado da federação onde se deu o fato. O endereço eletrônico é https://delegaciavirtual.sinesp.gov.br/portal/, e as comunicações de ocorrência realizadas por este canal serão analisadas pela Polícia Civil do Estado selecionado.

 

Dados nos celulares, como Pix e apps de banco, estão na mira dos bandidos

Além do valor do aparelho em si, a subtração de celulares conta nos últimos tempos com um atrativo a mais: o acesso a dados, como aplicativos de banco, redes sociais e o sistema de pagamento e recebimento instantâneo de dinheiro mais conhecido como PIX.

“Antes, o celular valia o valor do aparelho. Com o implemento, principalmente das instituições bancárias das operações todas nos aplicativos, ele passou a valer muito menos pelo valor físico dele do que pelas informações que existem lá dentro", explicou um especialista em tecnologia em recente matéria publicada sobre o assunto no site Psafe, empresa reconhecida de segurança tecnológica e privacidade digital.

“Após o roubo ou furto, a primeira coisa que o criminoso tenta fazer é desbloquear rapidamente o acesso ao celular. Ele tenta entrar nos aplicativos de bancos ou obter vantagens com os contatos do dono do telefone em outros aplicativos de conversas. Depois disso ou caso não consiga desbloquear, eles buscam receptadores para vender os aparelhos”, acrescentou.

Uma pesquisa da empresa de segurança PSafe apontou que, em fevereiro deste ano, o Brasil registrou 36 mil bloqueios de aparelhos por dia por conta de tentativas de golpes financeiros. Sendo que celulares subtraídos são utilizados por quadrilhas especializadas para aplicar golpes e fazer transferências por meio do Pix, plataforma utilizada no Brasil desde novembro de 2020.

Diante disso, as pessoas têm buscado alternativas para se proteger, por exemplo, ter um celular reserva somente para aplicativos bancários. Contudo, segundo recente matéria da Psafe, uma opção gratuita e muito mais prática pode resolver esse problema é função “Cofre”, do dfndr security, aplicativo gratuito de cibersegurança , que cria uma verdadeira barreira nos aplicativos selecionados pelo usuário, com a adição de um novo fator de autenticação onde somente o dono do dispositivo pode bloqueá-lo.

“Esses roubos geralmente acontecem quando a vítima está com o celular em uso, na rua, por este motivo o aparelho provavelmente estará desbloqueado. Desta forma, o criminoso poderá ter acesso aos aplicativos, redes sociais, e-mail da vítima. No controle desses aplicativos, o criminoso pode aplicar desde golpes aos contatos da vítima até acesso indevido nos aplicativos de banco, realizando transações que irão gerar um prejuízo financeiro muito grande”, ressalta o executivo-chefe de segurança da PSafe, Emilio Simoni.

Como dica para esse caso, a primeira delas é: evite utilizar seu celular em vias públicas, pois os criminosos estão se aproveitando desta distração para roubar os dispositivos. Além disso, deixe o bloqueio de tela automático com o menor tempo possível, pois caso alguém pegue o aparelho, não conseguirá desbloqueá-lo. E não esqueça de ativar a função “Cofre”, do dfndr security, que não deixará que terceiros utilizem os aplicativos selecionados, mesmo que o celular esteja desbloqueado.

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