Levantamento sobre a violência LGBTQIA+ expõe um cenário preocupante em todo o país
Por Fábio Vale - Repórter do JORNAL DE FATO
Nesta terça-feira (28), Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, um dos principais assuntos que permeiam essa data é a contínua preocupação com a violência contra essa parcela da sociedade. Somente no Rio Grande do Norte, um mais recente levantamento nacional deu conta de quatro assassinatos de membros dessa comunidade no ano passado. Especialistas alertam que os números relacionados a esse tipo de ocorrência ainda são subnotificados.
Segundo o “Dossiê 2021 Mortes e Violências Contra LGBTI+ no Brasil”, o ranking de mortes violentas dessa parcela da população no país no ano passado foi liderado pelos estados de São Paulo e Bahia, com, respectivamente, 42 e 30 casos, cada. O estado do Ceará também figurou em destaque, com 20 mortes. O Rio Grande do Norte aparece nas posições finais da lista, com quatro assassinatos, assim como o estado de Sergipe.
Em todo o país, o levantamento dá conta de mais de 300 mortes violentas de LGBTI+. Outro estudo, o do Grupo Gay da Bahia (GGB), também chama a atenção para a violência contra a população LGBTQIA+. O mais recente relatório da entidade sobre assassinatos contra essa parcela da sociedade deu conta de que o RN registou cinco casos em 2021, sendo três ocorrências concentradas na capital do estado, Natal.
Outro levantamento, o da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), intitulado de “Dossiê Assassinatos e Violências Contra Travestis e transexuais brasileiras em 2021” apontou pelo menos 140 assassinatos de pessoas trans no ano passado no Brasil, sendo um no Rio Grande do Norte, que também notificou sete em 2020; quatro em 2019; seis em 2018; e um em 2017. Neste ano de 2022, pelo menos três jovens foram mortos em Mossoró em crimes que estariam ligados à homofobia.
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